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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Ministro confirma: limite de dados na banda larga fixa vai começar em 2017



Sabe aquela história de limite de dados na banda larga fixa? Pois é, a novela voltou e a cobrança de planos baseados em franquias deve mesmo acontecer em 2017. E, mesmo que a Anatel tenha dito o contrário no final do ano passado, a confirmação agora veio do próprio ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.


Em entrevista ao Poder360, Gilberto Kassab garantiu a regulamentação da venda de pacote de dados e o fim da internet ilimitada na banda larga fixa para o segundo semestre de 2017. Ele argumentou que a prática será benéfica para o setor. "O nosso objetivo é beneficiar o usuário. O Ministério trabalha pra que o usuário seja cada vez melhor beneficiado com melhores serviços", explica.


Segundo Kassab, haverá um período de adaptação em que os assinantes já terão um limite no pacote de consumo, já que o choque inicial com a alteração na cobrança pode ser grande. Para ele, a ideia é que "esse serviço seja o mais elástico possível, mas tenha um ponto de equilíbrio, porque as empresas têm seus limites".


Confira a resposta completa:

Ponto de equilíbrio

Questionado sobre os problemas que seriam originados por essa imposição de limite na conexão dos brasileiros, o ministro esquivou. "O governo vai estar sempre ao lado do usuário, vai ficar muito claro isso. O problema não é a redução, o problema é ponto de equilíbrio", conclui.

Via: Tecmundo


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Justiça determina bloqueio do WhatsApp no Brasil por 72 horas

Além de troca de mensagens, Whatsapp também permite chamadas telefônicas via internet
Justin Sullivan/Getty Images/AFP

A Justiça mandou as operadoras de telefonia fixa e móvel bloquearem o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp em todo o país por 72 horas. A medida começará a valer a partir das 14h desta segunda-feira (2). A decisão, de 26 de abril, é do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE).

O processo que culminou na determinação de Montalvão é o mesmo que justificou, em março, aprisão de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, empresa dona do app, para a América Latina. O magistrado quer que a companhia repasse informações sobre uma quadrilha interestadual de drogas para uma investigação da Polícia Federal, o que a companhia se nega a fazer.

As cinco operadoras —TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel— já receberam a determinação e informaram que vão cumprir. Em caso de descumprimento, estarão sujeitas a multa diária de R$ 500 mil. Procurado, Montalvão não vai falar sobre o assunto. WhatsApp e Facebook ainda não se pronunciaram sobre o tema.

Consultadas, as operadoras afirmam que irão cumprir a decisão e ainda estudam se vão entrar com recurso judicial para tentar derrubar o bloqueio. O Sinditelebrasil, associação que representa o setor, está acompanhando esse processo junto às teles e ainda não definiu de que forma o setor irá se posicionar.

Apesar de as teles e o aplicativo travarem uma disputa comercial, o bloqueio é um transtorno para as operadoras. O WhatsApp funciona com mudança de registro de computadores e isso torna o trabalho de bloqueio bastante complicado para as teles, que podem ser punidas caso não consigam implementar o bloqueio plenamente.

Da última vez, a Claro foi uma das operadoras que reclamou de que o WhatsApp se valia desta particularidade técnica do serviço para furar o bloqueio intencionalmente. O aplicativo teria mudado rapidamente os registros para dificultar o bloqueio.

HISTÓRICO

Uma medida do início de abril deve dificultar ainda mais a colaboração do aplicativo com a Justiça. O WhatsApp adotou a criptografia "end-to-end" (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens -nem mesmo as companhias podem acessar a comunicação) em todos os seus aplicativos e em mensagens e tipos de arquivos.

Em dezembro, o WhatsApp havia sido bloqueado no Brasil por 48 horas devido a uma investigação criminal. Na ocasião, as teles receberam a determinação judicial com surpresa, mas a decisão não durou 48 horas.

O bloqueio foi uma represália da Justiça contra o WhatsApp por ter se recusado a cumprir determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados criminais. O aplicativo pertence ao Facebook.

Em fevereiro, um caso parecido ocorreu no Piauí, quando um juiz também determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil. O objetivo era forçar a empresa dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado relacionadas a casos de pedofilia.
A decisão foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado pelas teles. 


Via: Folha

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Anatel vai analisar pedido do Ministério das Comunicações sobre banda larga

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta quinta-feira, 14, que vai analisar o teor do ofício do Ministério das Comunicações, que cobra da agência medidas para que as empresas respeitem os direitos dos consumidores de banda larga fixa. "Vamos analisar o ofício e tomar uma decisão", afirmou Rezende.

No documento divulgado pela pasta, o ministro André Figueiredo diz acompanhar com preocupação as notícias de que as teles pretendem acabar com os planos ilimitados na banda larga fixa e estabelecer limites de uso mensal, como ocorre no serviço de internet móvel 3G e 4G. Ao exceder a franquia, a operadora poderá reduzir a velocidade ou até mesmo bloquear a conexão. "Pelos dados que temos, ainda não há uma prática desse processo (de interromper o serviço)", afirmou Rezende.


De acordo com Rezende, não há viés político na questão. "Trata-se de uma questão técnica. É uma preocupação que o ministério está externando à Anatel para que olhe todos os impactos de futuras decisões a respeito desse assunto, muito embora as empresas não estejam praticando esta questão", afirmou "Estamos agora fazendo um trabalho na superintendência de relação com consumidores para que haja um olhar sobre isso."

A polêmica começou em fevereiro, quando a Telefônica Vivo anunciou o limite para os novos clientes a partir de janeiro de 2017. A NET e a Oi já preveem a franquia nos contratos, mas ainda não restringem o serviço. A TIM é a única que não adota o limite de dados para banda larga fixa.

Além das reclamações de usuários nas redes sociais que propõem até mesmo o boicote às teles, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) lançou ontem uma petição online contrária à decisão das empresas. A campanha, que é feita dentro do site da entidade, busca assinaturas de usuários do serviço para fortalecer uma ação judicial contra as operadoras movida em maio de 2015.

De acordo com o regulamento que rege o serviço de banda larga fixa, o estabelecimento de franquias é possível e a redução da velocidade é uma alternativa para a continuidade do serviço, caso o usuário não deseje efetuar pagamento adicional pelo consumo excedente.




terça-feira, 12 de agosto de 2014

Telecom Italia diz que prazo para vender unidade argentina é revisado

Telecom Italia
A Telecom Italia disse nesta terça-feira que concordou com a empresa de investimentos norte-americana Fintech em estender o prazo para concluir a venda da Telecom Argentina para 1 de setembro.
A Telecom Italia fechou acordo para vender sua fatia na Telecom Argentina para a Fintech em novembro de 2013, por 960 milhões de dólares, afirmando que o acordo está sujeito à aprovação de reguladores locais.
Em comunicado nesta terça-feira, o grupo de telecomunicações italiano afirmou que não haverá encargos sobre os termos e condições do acordo, cuja conclusão era originalmente esperada para o início de agosto.

Via: INFO

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Telefônica oferece R$ 20 bilhões pela operadora GVT

A espanhola Telefônica ofereceu R$ 20,1 bilhões pela GVT, unidade brasileira da francesa Vivendi, em uma estratégia para fortalecer sua liderança no mercado de telecomunicações móveis no país. A proposta expira em 3 de setembro.  

A medida vem após Vincent Bollore, presidente do conselho de administração e maior acionista da Vivendi, dizer no fim de junho que gostaria de manter seu último ativo restante de telecomunicações, apesar de a organização se reposicionar como uma empresa de mídia.

Em comunicado, a companhia francesa disse que nenhuma de suas unidades está à venda, mas que vai considerar a oferta da Telefônica na próxima reunião de seu conselho.

A Telefônica Brasil disse que a oferta consiste em R$ 11,96 bilhões em pagamento em dinheiro mais novas ações de emissão da companhia, representando 12% da Telefônica Brasil após a possível aquisição da GVT. Em um esforço para cortar o custo do acordo, a Telefônica ofereceu à Vivendi a chance de adquirir 8,3% de participação na Telecom Italia.

"Isso coloca um ponto de interrogação sobre a porcentagem da participação da Telefônica na Telecom Italia", disse um operador de Milão. Outro membro de uma corretora disse que Telefônica estaria definitivamente reconsiderando seus investimentos na Telecom Italia.

Com a notícia da oferta, as ações da Telecom Italia chegaram a ter a negociação suspensa depois de caírem 4,97% nesta terça-feira. Por volta de 7h40 no horário de Brasília, as ações tinham queda de 5,43%. 

 
Piada no Facebook usa imagem da cena clássica da novela ""Gabriela"".Tanto a "Gabriela clássica" (interpretada por Sônia Braga) como a "Moderna" (vivida por Juliana Paes) reclamam da falta de sinal Leia mais Reprodução
 
Mercado 
 
O Brasil, onde a Telefônica controla a maior operadora de telefonia móvel, a Vivo, é um mercado crucial para a gigante das telecomunicações espanhola, uma vez que representa seu segundo maior gerador de caixa e tem potencial de crescimento diferente de mercados saturados como os de Alemanha e Reino Unido.

A compra da GVT ajudaria a espanhola a se fortalecer no mercado de telefonia fixa e internet banda larga, mercado em que ocupa a terceira posição no Brasil, com fatia de 18,4%. A GVT é líder no Brasil em internet de alta velocidade e televisão conectada. A Telefônica cobiça o ativo há tempos, tendo perdido uma guerra de ofertas inicial para comprar a GVT para a Vivendi em 2009.

Via: UOL

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mais da metade da população brasileira usa Internet, afirma NIC.br

“Pela primeira vez na série histórica da pesquisa TIC Domicílios, a parcela da população que é usuária de Internet ultrapassa 50%”, comenta Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br), órgão ligado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Esse é o principal indicador da nona edição do estudo, referente ao ano de 2013, divulgada nesta quinta-feira, 26/6.

Isso significa que, em 2013, o país já tinha 859,9 milhões de usuários de internet (indivíduos de 10 anos ou mais que usaram a internet ao menos uma vez no perído em que foi feita a pesquisa).

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A pesquisa foi realizada em mais de 16 mil domicílios brasileiros (16.887) em 350 municípios, entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. Entre os destaques, observa-se também o crescimento da proporção de usuários de Internet pelo celular, além do maior acesso a equipamentos portáteis, como notebooks e tablets.

"Infelizmente, ainda não é possível saber o quanto desse rápido crescimento do acesso móvel contribuiu para o aumento significativo do acesso internet entre toda a população", afirma Barbosa. "Não fizemos esta pergunta na pesquisa e considerando os dados  demográficos dos usuários que fizeram acesso móvel, percebe-se uma sobreposição muito grande da população que já tinha internet no domicílio passando a ter também o acesso móvel", completa.

Apesar do crescimento entre a população, considerando apenas os domícios com acesso à Internet em 201, somente 43% estão conectados, correspondendo a 27,2 milhões em números absolutos. A maioria dos domicílios sem acesso à internet estão em regiões com baixo IDH e em áreas rurais.

As desigualdades por classe social e área geográfica persistem: na classe A, a proporção de domicílios com acesso à Internet é de 98%; na classe B, 80%; na classe C, 39%; e nas classes D e E, 8%. Nas áreas urbanas, a proporção de domicílios com acesso à Internet é de 48%, enquanto nas áreas rurais é de 15%.

"Registramos um crescimento considerável de acesso na classe C, de 38% em 2012 para 49% em 2013 e já começamos ver as classes D e E entrando nessse mundo, com 17% das residências com algum tipo de acesso", afirma Barbosa.

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Apesar disso, 24,2 milhões de domicílios com renda familiar de até dois salários mínimos ainda estão desprovidos de acesso à Internet. “Mesmo com o crescimento ano após ano, o Brasil ainda encontra desafios para a massificação do acesso à Internet. Nossas análises identificam um conjunto complexo de fatores geográficos, sociais e econômicos que precisam ser observados sobre a expansão da conectividade em todo o território nacional”, afirma Barbosa.

De acordo com ele, o custo do acesso segue sendo a maior barreira. O  brasileiro não tem condições de pagar peloa acesso. Quem já conseguiu acesso nas classes D e E o fazem através de planos de banda larga popular.

Nos lares com acesso à Internet, 66% das conexões são feitas por meio da banda larga fixa. Mais da metade dos brasileiros já acessa a internet a velocidade superiores a 2Mbps. E apesar de uma parcela significativa, de 13% dos entrevistados, não saber a velocidade contratada, é possível afirmar uma tendência de crescimento acelerado da presenção de conexões com velocidades mais altas.

Celulares cada vez mais presentes
 
Ainda segundo o estudo, em 2013, 85% das pessoas com 10 anos de idade ou mais usavam telefone celular, totalizando 143 milhões de brasileiros. Nas classes D e E esta proporção é de 69% e na área rural é de 73%.

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O uso da Internet no celular destacou-se em 2013: 31% dos brasileiros com 10 anos ou mais acessaram a rede pelo aparelho, o que representa 52,5 milhões de pessoas em números absolutos. Esse percentual mais que dobrou nos últimos dois anos: em 2011 era de 15% dos usuários e 20%, em 2012.

Dos que acessaram a internet por celular, 75% usaram 3G ou 4G e 62% usaram WiFi. Detalhe: 3G e 4G estão na mesma categoria de resposta: acesso via rede móvel . Não dá para saber 4G separado. E 22% dos que acessaram a internet móvel o fizeram por modem 3G.

A TIC Domicílios 2013 aprofundou ainda o estudo das atividades realizadas no telefone celular e constatou que 30% dos usuários de telefone celular acessaram redes sociais; 26% compartilharam fotos, vídeos ou textos; 25% acessaram e-mails; e 23% baixaram aplicativos.
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Cresce também a presença de tablets e notebooks

A TIC Domicílios 2013 constatou que 49% dos domicílios têm computador, o que representa um crescimento de três pontos percentuais em relação a 2012. Em números absolutos, existem 30,6 milhões de domicílios com computador.

Em relação ao tipo de computador, cresceu a presença dos portáteis (laptops e notebooks), alcançando 57% dos domicílios com computador. Em 2012, essa proporção era de 50%. O que também aumentou foi a presença de tablets, que estão presentes em 12% dos domicílios com computador, representando uma proporção superior à registrada em 2012, que era de 4%.
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Para acessar a pesquisa TIC Domicílios 2013 na íntegra, assim como as pesquisas dos anos anteriores, visite http://cetic.br/.



Via: IDGNow

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Brasileiros ainda encontram dificuldades para a portabilidade numérica

Em 2013, as operadoras brasileiras atenderam a 4 milhões de pedidos de portabilidade numérica, serviço que permite trocar de operadora e manter o número do telefone. A maioria deles (2,2 milhões) entre planos de telefonia móvel. Os número levantados pela ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações) poderiam ser maiores, se os consumidores encontrassem mais facilidade para fazer a portabilidade.

Pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e divulgada nesta segunda-feira, 16/6, revela que as operadoras ainda cometem uma série de falhas, em especial com relação à informação ao consumidor e divergência entre a orientação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e dos atendentes das lojas.

O Idec testou os serviços da Claro, Oi, Tim e Vivo. De forma geral, todas as operadoras deixaram de informar uma série de itens previstos no regulamento da portabilidade, como as condições do procedimento (como regras para cancelamento) e as condições do plano para o qual o consumidor vai migrar (custo das chamadas, por exemplo), além de nem sempre informar o número do protocolo da operação.

A pesquisa, realizada durante o mês de março de 2014, foi dividida em duas etapas: na primeira, a pesquisadora do Idec consultou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das quatro maiores operadoras de telefonia móvel do país — Claro, Oi, Tim e Vivo — sobre as regras para a portabilidade; depois, foi a lojas próprias de cada uma solicitar o procedimento (de Vivo para Tim; de Oi para Claro; de Claro para Vivo; e de Tim para Oi).

Avaliou-se o atendimento fornecido pelos atendentes, considerando as regras estabelecidas pela Resolução nº 460/2007, alterada pela Resolução nº 487/2007, e a efetivação da portabilidade dentro do prazo regulamentar de três dias úteis.

Na segunda etapa, a pesquisadora foi a mais quatro lojas de cada operadora para pedir novas portabilidades e, depois, solicitou o cancelamento. O objetivo era verificar se as operadoras cancelam o pedido de portabilidade e se os créditos existentes no chip cujo número seria portado são mantidos após o cancelamento.

A dificuldade já começa na hora de fazer o pedido: com exceção da Vivo, a portabilidade só pode ser requerida presencialmente, numa loja da operadora, pois, segundo as empresas, o consumidor deve apresentar seus documentos de identificação e adquirir um novo chip. O curioso é que para adquirir uma linha pré-paga, são necessários os mesmos procedimentos, mas as operadoras vendem chips em qualquer esquina e ativam a linha por telefone mesmo.
Em três lojas da TIM (duas próprias e uma revendedora), os funcionários disseram que não faziam portabilidade de linhas pré-pagas. Já o atendente do SAC afirmou que todas as lojas são obrigadas a fazer a portabilidade tanto de pré quanto de pós-pagos.

“Ao tratar de forma diferenciada consumidores de pré e pós-pagos, a Tim viola os artigos 10, II, e 13, I, do regulamento da portabilidade, assim como o artigo 39, II, do Código de Defesa do Consumidor”, explica a advogada do Idec Veridiana Alimonti.

Em resposta ao Idec, a TIM Informou que já reforçou a orientação aos funcionários para que equívocos como a recusa de portabilidade de linha pré-paga, bem como o fornecimento de informações incorretas sobre o prazo, não voltem a ocorrer.

Já com relação à Vivo, a solicitação de portabilidade via SMS não foi concluída. O funcionário da loja informou que seria preciso fazer uma recarga mínima para gerar um número provisório durante o processo de troca de operadora. No dia em que a pesquisadora foi à loja, o valor mínimo dessa recarga era de R$ 35. Somente após ser questionado se não havia outra forma de solicitar a portabilidade, o vendedor informou que era possível comprar um chip numa revendedora (banca de jornal, loja de departamento, farmácia etc.) e fazer o pedido por SMS.

“A exigência de recarga mínima não está prevista no regulamento e tampouco representa requisito necessário à efetivação da portabilidade. Portanto, é uma prática abusiva, pois configura uma vantagem excessiva imposta pela empresa ao consumidor, de acordo com o artigo 39, V, do CDC”, argumenta Alimonti.

Ainda segundo o Idec, as operadoras falharam em questões como a cobrança pelo serviço, prazos e direitos do consumidor.

Cobrança pela portabilidade
 
De acordo com as regras da Anatel, as operadoras podem cobrar até R$ 4 pela portabilidade, mas nenhuma delas aplicou a taxa. A Vivo, conforme relatado acima, exigiu uma recarga mínima.

Prazo não cumprido
 
As operadoras indicaram o prazo para a portabilidade ser efetivada. Porém, em pelo menos uma ocasião, todas elas disseram que o período poderia ser de até cinco dias úteis, enquanto, atualmente, o regulamento estabelece prazo máximo de três dias úteis. “O período de cinco dias foi aplicado no início da ativação comercial da portabilidade e foi transitório”, explica a advogada.
 
De quatro portabilidades solicitadas durante a pesquisa – uma para cada operadora –, apenas uma foi realizada no dia e na hora marcados e dentro do prazo regulamentar, de três dias úteis: a da Oi para a Claro. A da Tim para a Oi ocorreu em cinco dias úteis, portanto, fora do prazo; e a da Vivo para a Tim, em três dias úteis, mas somente na segunda tentativa (na primeira ocorreu um erro, o que obrigou a pesquisadora a retornar à loja). A portabilidade da Claro para a Vivo – que foi solicitada por meio de SMS – não foi efetivada.
 
Número provisório
 
Algumas operadoras geram um número provisório (Tim e Vivo) e outras não (Claro e Oi). No entanto, a Anatel explica que “o fornecimento de um número provisório ao usuário é prerrogativa da prestadora, mas não pode ser condição para o atendimento da solicitação, ou seja, o usuário pode optar por não querer o número provisório”.

Na Tim, o pesquisador não teve a opção de escolher se queria ou não o número provisório. E, na Vivo, o tal número só não é fornecido se o pedido de portabilidade for feito por SMS.

Vale destacar a confusão ocorrida na primeira tentativa de se fazer a portabilidade na Tim. O atendente “inventou” um procedimento: disse que em 20 minutos a pesquisadora receberia um número provisório no novo chip e que deveria, então, gastar os R$ 2 que ganharia de bônus. Caso não o fizesse, a portabilidade poderia não ocorrer. No dia seguinte, seria necessário voltar à loja para informar o número a ser portado e, então, finalizar o processo. 

Como em 20 minutos o número não foi enviado por SMS, a pesquisadora voltou à loja e descobriu que, além de o chip entregue a ela não ser adequado para a portabilidade, as informações que lhe foram passadas estavam erradas. Outro atendente fez um novo pedido, não foi preciso voltar à loja no dia seguinte e, dessa vez, finalmente deu certo.

Condições do novo plano
 
A Oi foi a única operadora que informou voluntariamente os custos das ligações do novo plano. No geral, os vendedores perguntavam qual era o perfil de gastos do usuário, mas não apresentavam a ele opções nem lhe davam a oportunidade de escolher. “O consumidor passa a utilizar um novo serviço sem conhecer as suas condições: valor das chamadas para a mesma operadora e para outras, do SMS, de eventual conexão à internet etc.”, observa Alimonti.

Os créditos que somem após o cancelamento da portabilidade
 
Todas as operadoras cancelaram o pedido; o cancelamento só não pôde ser solicitado à Vivo porque o pedido de portabilidade, feito por SMS, não havia sido registrado.

Ao fazer o cancelamento, o Idec verificou se os créditos existentes no chip antes do pedido de portabilidade foram mantidos. Na Oi, os R$ 5 de saldo, cuja validade não havia expirado, sumiram misteriosamente após o cancelamento; na Claro, o saldo foi reduzido de R$ 5 para R$ 1; e na Tim sobrou apenas o bônus de R$ 2 (os R$ 5 de recarga desapareceram).

Segundo a Resolução do Serviço Móvel Pessoal (que traz regras gerais para o serviço de telefonia celular), a prestadora deve apresentar as razões para o débito dos créditos e, não havendo motivo, devolvê-los em dobro ao usuário, por meio de créditos com validade mínima de 30 dias ou outro meio escolhido pelo consumidor. O prazo para a devolução também é de 30 dias.

Respostas das empresas ao Idec

Claro: De forma geral, afirma que está de acordo com as regras de portabilidade e que os aspectos em desconformidade apontados pelo Idec são pontuais e que serão avaliadas oportunidades de melhoria.
 
Tim: Informa que já reforçou a orientação aos funcionários para que equívocos como a recusa de portabilidade de linha pré-paga, bem como o fornecimento de informações incorretas sobre o prazo, não voltem a ocorrer. Em relação à exigência de comparecimento à loja para solicitação do procedimento, argumenta que ela está baseada na segurança do próprio cliente, “uma vez que se trata de uma linha ativa e vinda de outra operadora, diferente da ativação de uma linha nova pré-paga”, mas que vai avaliar a possibilidade de realização via central de atendimento.

Oi: Afirma que o procedimento padrão da empresa é de realizar a portabilidade no prazo de três dias úteis; e que o comparecimento à loja é necessário para a aquisição do chip e verificação de documentos pessoais.

Vivo: Esclarece que não cobra taxa para efetuar a portabilidade e considera o episódio da obrigatoriedade de recarga de R$ 35 um equívoco pontual do vendedor. Em relação à não efetivação da portabilidade solicitada via SMS, a operadora diz que a pesquisadora não deve ter concluído o procedimento de forma adequada. A operadora informa, por fim, que segue todas as normas relativas à portabilidade e que realiza milhares de pedidos por mês com sucesso, o que indica que a dinâmica e as ferramentas existentes são eficazes, e que as eventuais falhas de comunicações são eventos isolados.
 
 
Via: IDGNow

quarta-feira, 26 de março de 2014

Câmara aprova o Marco Civil da Internet

Depois de cinco meses trancando a pauta, o Marco Civil da Internet PL 2126/11, do Executivo) foi aprovado em votação simbólica pelo plenário da Câmara dos Deputados. As últimas alterações promovidas no texto pelo relator, deputado Alessandro Molon, fruto da negociação do governo com as bancadas dos diversos partidos da base aliada e da oposição, garantiram apenas um voto contrário, da bancada do PPS.
Os principais pontos do Marco Civil são a garantia da liberdade de expressão, a proteção à privacidade e a neutralidade de rede, princípio que garante o tratamento igualitário dos usuários e proíbe o privilégio no tráfego de dados de algum serviço ou conteúdo.
Entre as alterações feitas por Molon na última hora, que permitiram o acordo para aprovação, estão: (1) a retirada da obrigatoriedade de empresas estrangeiras manterem data centers para armazenamento de dados do País;  (2)a determinação de que o decreto que regulamentará as exceções à neutralidade seja feito depois de o governo ouvir a Anatel e o Comitê Gestor da Internet; (3) a garantia de que as empresas estrangeiras que ofereçam serviços ao público brasileiro estarão sujeitas às leis nacionais; (4) a inclusão, a pedido da bancada feminina, do artigo 21 que proíbe a chamada "pornografia de vingança", quando parceiros divulgam imagens íntimas das mulheres em redes sociais e outros sites; (5) e, por fim, a dar aos pais liberdade de escolha de mecanismos de controle parental para impedir que as crianças acessem conteúdo impróprio.
Antes da votação e após a leitura das mudanças feitas por Molon,  o PMDB, o DEM e o PSDB retiram todas as emendas feitas ao projeto. 
A decisão da bancada do PMDB foi tomada em uma reunião na tarde de hoje, onde foi decidido o voto favorável ao projeto.  Segundo o líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), que ficou encarregado de negociar a votação da proposta, o PMDB mudou de posição em função das mudanças feitas no texto pelo deputado Alessandro Molon. E o entendimento de que era importante para o país ter  "um rascunho de legislação" para apresentar durante da conferência internacional sobre governança da Internet, que acontece em São Paulo, no mês de abril.
texto aprovado segue agora para votação no Senado.

Via: IDGNow