Com as tecnologias web ficando mais maduras, a necessidade de antigos plugins para tocar vídeos, usar a aceleração de hardware ou adicionar outras funções ao navegador vai diminuindo. E foi pensando nisso que o Google decidiu começar a bloquear plugins baseados na tecnologia NPAPI (Netscape Plugin API).
Os
plugins serão bloqueados a partir do início de janeiro de 2014. Justin
Schuch, engenheiro de segurança do Google, explica o motivo do bloqueio
no The Chromium Blog:
[...] a web se desenvolveu. Os navegadores atuais são mais velozes, seguros e mais capazes que seus antecessores. Enquanto isso, a arquitetura dos anos 90 da NPAPI se tornou a maior causa de interrupções do serviço, crashes, falhas de segurança e complexidade do código. Por causa disso, o Chrome estará desativando o suporte ao NPAPI a partir do ano que vem".
Em outras palavras, já que a empresa acredita que sua plataforma é mais eficaz para rodar os mesmos tipos de tecnologias, não há motivo para continuar suportando plugins antigos que apenas causam problemas no navegador.
A maior parte dos problemas se deve ao fato do NPAPI conceder acessos a processos do sistema, criando brechas para que vírus e malwares sejam instalados. Tanto Chrome quanto Firefox já vinham enfrentando esses problemas com o uso de um sistema click-to-play, que obrigava o usuário a clicar e dar permissão para que o plugin em questão funcionasse. Com a mudança no Chrome, eles já serão bloqueados por padrão.
Contudo, haverá uma pequena "lista-branca" de plugins que continuarão funcionando. São plugins usados por mais de 5% da base de usuários do Chrome. Essa lista inclui:
- Silverlight (usado por 15% dos usuários)
- Unity (usado por 9,1% dos usuários)
- Google Earth (usado por 9,1% dos usuários)
- Java (usado por 8,9% dos usuários)
- Google Talk (usado por 8,7% dos usuários)
- Facebook Video (usado por 6% dos usuários)
Sobre
o Java, vale dizer que o plugin na verdade já está bloqueado atualmente
por motivos de segurança. Se você está sentindo falta do Flash nessa
lista, isso é porque ele não usa o NPAPI e já foi adaptado para o
sistema PPAPI (Pepper Plugin API), mais seguro e menos suscetível a problemas. A mesma coisa vale para o plugin PDF Viewer.
Mudança será gradual
Justin deixa claro no blog
que a mudança será gradual e baseada no feedback dos usuários, para que
impacte a experiência da navegação o mínimo possível. Primeiramente, os
plugins serão desativados, mas os usuários poderão ativá-los
manualmente. Em uma segunda fase, eles serão definitivamente bloqueados.
Durante
essa fase de transição, é bem provável que as empresas adaptem seus
plugins para funcionarem nas plataformas mais novas. Isso significa que o
usuário dificilmente será impactado negativamente por essa transição.
Via: Canaltech
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