No início de janeiro, o Google removeu cerca de 60 games
da Play Store após ser revelado que o bug Adult Swine estava exibindo
anúncios maliciosos e inapropriados para crianças. Segundo a gigante de
buscas, essa é apenas uma gota do balde em comparação com os 700 mil
apps que foram retirados da sua loja em 2017.
Em um post no seu blog intitulado “How we fought bad apps and malicious developers in 2017”, o Google destaca as muitas maneiras como lutou contra os aplicativos maliciosos na Play Store nos últimos 12 meses.
Além dos 700 mil apps que removeu da loja em 2017 – um
aumento de 70% em relação aos números de 2016, a gigante também que
conseguiu identificar e retirá-los muito mais rapidamente. A empresa de
Mountain View alega que 99% dos apps com “conteúdos abusivos” foram
retirados da Play Store antes mesmo que qualquer usuário pudesse
instalá-los. O Google também afirma que desenvolveu novas técnicas de
detecção para eliminar criminosos reincidentes e identificar “redes de
desenvolvedores de conteúdo abusivos em escala” para impedi-las de
simplesmente enviarem outros conjuntos de apps maliciosos para a loja.
Segundo o Google, a principal razão para esse aumento
significativo no número de apps removidos foi o uso de Machine Learning
(Aprendizado de Máquina). A empresa usou sua engine de Inteligência
Artificial (IA) para ajudar “a detectar comportamentos e conteúdos
abusivos em apps – como falsificação, conteúdo inapropriado ou malware”,
o que então auxiliou os analistas humanos a detectarem os apps
problemáticos.
Entre os apps removidos estavam:
- Cópias: apps que tentam enganar os
usuários ao imitar um aplicativo popular. O Google diz que mais de 250
mil dos 700 mil apps removidos eram cópias.
- Conteúdo inapropriado: apps que promovam pornografia, violência extrema, ódio e atividades ilegais.
- Aplicações potencialmente danosas: apps
que poderiam danificar seu aparelho, incluindo apps fraudulentos e de
phishing. O Google diz que apps desse tipo “possuem um volume pequeno”
na Play Store, especialmente por conta de medidas que a empresa já tinha
tomado, como o lançamento do Google Play Protect, por exemplo, que
“reduziu a taxa de instalações de apps potencialmente danosos de forma
significativa em 2016”.
No entanto, o Google admite que ainda há mais trabalho a
ser feito, como foi mostrado pelo recente bug Adult Swine. “Apesar das
novas e melhoradas capacidades de detecção que levaram a um número
recorde de remoções de apps maliciosos e desenvolvedores maliciosos,
sabemos que alguns deles ainda conseguem invadir e enganar as nossas
camadas de defesa”.
O impacto na sua casa
Ao longo do tempo, o Google acabou ficando com uma
reputação ruim por ser muito branda com as políticas de review da Play
Store, e nos últimos anos a empresa vem trabalhando duro para mudar essa
imagem. Em especial, chama a atenção a afirmação de que 99% dos apps
maliciosos e fraudulentos foram removidos antes mesmo que alguém pudesse
instalá-los.
No entanto, o maior problema aqui é justamente a proteção
contra apps que não são baixados pela Play Store. A grande maioria dos
malwares para Android são espalhados por lojas terceirizadas e
alternativas de aplicativos, uma área muito mais difícil para o Google
policiar, mesmo com a ajuda de machine learning.
Via: idgnow
Nenhum comentário:
Postar um comentário