As empresas brasileiras estão pagando menos pela banda larga, segundo
estudo apresentado nesta segunda-feira, 30/9, pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), durante o seminário “Os
serviços de telecom e a competitividade empresarial”. O preço médio
para contratar 1Mbps é hoje de R$ 48,55, contra R$ 70,85 em 2011. Já o
pacote de 10 Mbps caiu de 105,23 em 2011 para R$ 88,87. Não deixa de ser
uma boa notícia. Porém, o custo do serviço pode ser considerado muito
alto quando se leva em conta as limitações da infraestrutura existente,
que fazem com que a minoria expressiva das empresas brasileiras possua
acesso internet a velocidades superiores a 10Mbps, contribuindo para a
perda de competitividade do país.
"Embora o governo e as operadoras venham fazendo investimentos importantes na universalização da banda larga, o atendimento ao setor empresarial tem tido muito pouca atenção, comparado com outros países. O que nos coloca claramente em uma situação incompatível com o tamanho e importância do país", afirma Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan.
Para reverter este quadro, a Firjan está pleiteando uma série de medidas. Entre elas, a inclusão de metas para a universalização da banda larga para o segmento empresarial na revisão do Plano Nacional de Banda Larga.
O grande problema, segundo Prado, é o Brasil não ter um plano de banda larga dedicado para o setor empresarial, que assegure acesso rápido, estável e barato, essencial para o aumento da competitividade e o desenvolvimento do país. "O Plano Nacional de Banda Larga, com metas só até 2014, contempla apenas a universalização de acesso para as micro e pequenas empresas, e com velocidade de 1Mbps, muito baixa comparativamente aos nossos concorrentes”, critica Prado. “A Argentina, por exemplo, tem uma plano com maior visão de futuro que o nosso e metas mais ambiciosas, com universalização de acesso para o setor industrial até 2016, à velocidade de 50Mbps", explica Prado.
Outros pedidos encaminhados pela Firjam ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente ao Seminário, são a oportunidade da entidade representar o setor empresarial no conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e reversão de parte dos tributos pagos pelas operadoras em investimento para atender o mercado corporativo, não apenas o mercado de consumo.
"Precisamos enxergar a banda larga como um insumo indispensável ao desenvolvimento econômico do país", diz Prado.
Considerando apenas a meta de 1Mbps do PNBL perdemos para vizinhos e todos os Brics, segundo o estudo da Firjan. Para exemplificar, Prado recorreu a metáforas. "Nosso plano de universalização empresarial levaria uma empresa no Brasil a gastar 9 horas e meia para baixar os documentos que vão embasar o leilão do trem bala (3,8Gb). Já uma empresa na Alemanha levaria 11 minutos e na Coréia do Sul, 34 segundos. Quer dizer, tomando como base o horário comercial, a empresa brasileira levaria um dia para começar a trabalhar, enquanto a coreano estaria trabalhando nos documentos após alguns segundos.
“Um caramujo anda 38 metros por hora. O Usain Bolt corre 38 quilômetros por hora. Essa é a diferença. O Brasil é o caramujo, e a Coreia do Sul é o Usain Bolt”, exemplifica Prado.
Com 1 Mbps o Brasil mostra que tem a menor ambição em comparação aos demais países, assinala o estudo.
Além da velocidade, outro fator que precisa ser revisto no PNBL é a cobertura. Segundo o levantamento da Firjan com associados de todos os estados brasileiros, há localizadas no país onde um lado da rua tem cobertura de banda larga e o outro lado não. "Essa é uma realidade que precisamos trabalhar para mudar", afirma Prado. Segundo ele, esse é um fator de competitividade tão importante hoje como é a energia elétrica e o gás para as empresas. Significa que uma empresa com um acesso melhor à internet consegue fazer mais coisas, mais rápido e em menos tempo.
Considerando a rápida evolução tecnológica e seus impactos sobre os negócios nos próximos anos, as questões relacionadas à velocidade, qualidade e disponibilidade do acesso tornam-se essenciais, além do custo. Nesse sentido, é importante avaliar como o País se coloca frente aos demais países do mundo também sob essas óticas.
Segundo a assessoria de imprensa da Firjan, Paulo Bernardo frisou que, recentemente, a Anatel se voltou para o mercado de atacado, lançando uma bolsa de negociação. “Se a empresa tem oferta de serviços, é obrigada a se cadastrar neste sistema, de maneira que todos podem saber quais são seus valores”, disse.
O ministro também lembrou que o governo está trabalhando para aprovar a lei nacional de antenas, que poderá contribuir para a melhoria dos serviços ofertados, além de ter um projeto de implantação de banda larga em locais onde, hoje, ela é inexistente. “O Brasil ainda é muito carente de infraestrutura. Por isso mesmo, é importante trabalharmos conjuntamente em busca de soluções”, admitiu.
Via: CIO
"Embora o governo e as operadoras venham fazendo investimentos importantes na universalização da banda larga, o atendimento ao setor empresarial tem tido muito pouca atenção, comparado com outros países. O que nos coloca claramente em uma situação incompatível com o tamanho e importância do país", afirma Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan.
Para reverter este quadro, a Firjan está pleiteando uma série de medidas. Entre elas, a inclusão de metas para a universalização da banda larga para o segmento empresarial na revisão do Plano Nacional de Banda Larga.
O grande problema, segundo Prado, é o Brasil não ter um plano de banda larga dedicado para o setor empresarial, que assegure acesso rápido, estável e barato, essencial para o aumento da competitividade e o desenvolvimento do país. "O Plano Nacional de Banda Larga, com metas só até 2014, contempla apenas a universalização de acesso para as micro e pequenas empresas, e com velocidade de 1Mbps, muito baixa comparativamente aos nossos concorrentes”, critica Prado. “A Argentina, por exemplo, tem uma plano com maior visão de futuro que o nosso e metas mais ambiciosas, com universalização de acesso para o setor industrial até 2016, à velocidade de 50Mbps", explica Prado.
Outros pedidos encaminhados pela Firjam ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente ao Seminário, são a oportunidade da entidade representar o setor empresarial no conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e reversão de parte dos tributos pagos pelas operadoras em investimento para atender o mercado corporativo, não apenas o mercado de consumo.
"Precisamos enxergar a banda larga como um insumo indispensável ao desenvolvimento econômico do país", diz Prado.
Considerando apenas a meta de 1Mbps do PNBL perdemos para vizinhos e todos os Brics, segundo o estudo da Firjan. Para exemplificar, Prado recorreu a metáforas. "Nosso plano de universalização empresarial levaria uma empresa no Brasil a gastar 9 horas e meia para baixar os documentos que vão embasar o leilão do trem bala (3,8Gb). Já uma empresa na Alemanha levaria 11 minutos e na Coréia do Sul, 34 segundos. Quer dizer, tomando como base o horário comercial, a empresa brasileira levaria um dia para começar a trabalhar, enquanto a coreano estaria trabalhando nos documentos após alguns segundos.
“Um caramujo anda 38 metros por hora. O Usain Bolt corre 38 quilômetros por hora. Essa é a diferença. O Brasil é o caramujo, e a Coreia do Sul é o Usain Bolt”, exemplifica Prado.
Com 1 Mbps o Brasil mostra que tem a menor ambição em comparação aos demais países, assinala o estudo.
Além da velocidade, outro fator que precisa ser revisto no PNBL é a cobertura. Segundo o levantamento da Firjan com associados de todos os estados brasileiros, há localizadas no país onde um lado da rua tem cobertura de banda larga e o outro lado não. "Essa é uma realidade que precisamos trabalhar para mudar", afirma Prado. Segundo ele, esse é um fator de competitividade tão importante hoje como é a energia elétrica e o gás para as empresas. Significa que uma empresa com um acesso melhor à internet consegue fazer mais coisas, mais rápido e em menos tempo.
Considerando a rápida evolução tecnológica e seus impactos sobre os negócios nos próximos anos, as questões relacionadas à velocidade, qualidade e disponibilidade do acesso tornam-se essenciais, além do custo. Nesse sentido, é importante avaliar como o País se coloca frente aos demais países do mundo também sob essas óticas.
Segundo a assessoria de imprensa da Firjan, Paulo Bernardo frisou que, recentemente, a Anatel se voltou para o mercado de atacado, lançando uma bolsa de negociação. “Se a empresa tem oferta de serviços, é obrigada a se cadastrar neste sistema, de maneira que todos podem saber quais são seus valores”, disse.
O ministro também lembrou que o governo está trabalhando para aprovar a lei nacional de antenas, que poderá contribuir para a melhoria dos serviços ofertados, além de ter um projeto de implantação de banda larga em locais onde, hoje, ela é inexistente. “O Brasil ainda é muito carente de infraestrutura. Por isso mesmo, é importante trabalharmos conjuntamente em busca de soluções”, admitiu.
Via: CIO
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