segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Google lança o seu serviço de streaming de música no Brasil


Em setembro passado, o Google começou a disponibilizar no Brasil o seu serviço de streaming de músicas, o Play Música, mas, inicialmente, apenas para usuários de dispositivos Samsung. Pois, a partir desta segunda-feira, a gigante de buscas da internet expande a sua plataforma para os demais brasileiros, entrando na briga por uma fatia do mercado nacional de música on-line, que já conta com nomes de peso como Spotify, Rdio e Deezer.

Com um acervo de mais de 30 milhões de canções, de artistas nacionais e internacionais, o Google Play Música pode ser assinado por R$ 14,90 por mês, preço cobrado em reais, e pode ser pago por meio de cartão de crédito. Há algum tempo o Google já vendia álbuns no formato digital a partir da sua loja on-line, mas a partir de agora, os usuários poderão desfrutar do acervo da companhia sem que precisem comprá-los, via computador ou dispositivos móveis.

De acordo com Ady Harley, diretor de parcerias musicais para a América Latina do Google, o serviço de assinatura é o grande foco da companhia para a sua plataforma digital de música.

Nos últimos meses, nosso serviço tem evoluído no Brasil em direção a este momento, o do lançamento do Google Play Música para todos os usuários, sem restrições. E o serviço de assinatura é o nosso principal foco e modelo de negócios no campo musical — afirma Harley. 

Nosso grande diferencial é que a nossa plataforma integra três funcionalidades: loja, serviço de streaming e serviço de armazenamento na nuvem.

Assim, além de poder comprar álbuns e canções, e ouvir canções do acervo musical da plataforma, os assinantes também podem enviar os arquivos de músicas que estejam nas suas bibliotecas pessoais para o armazenamento na nuvem do Google Play Música.

A opção funciona mesmo para aquelas canções que não fazem parte da biblioteca do serviço, permitindo que os usuários escutem as músicas do seu computador ou celular em qualquer lugar, a partir do aplicativo do Google Play Música — os assinantes podem fazer o upload de até 20 mil faixas no serviço, independentemente do tamanho dos arquivos.

Inclusive, validamos canções e playlists que o usuário possa já ter montado no iTunes (da Apple), por exemplo — afirma Harley.

De acordo com o executivo, a implementação do serviço de streaming de músicas do Google em terras brasileiras já estava sendo preparada há algum tempo pela empresa, e chega agora de forma personalizada ao gosto do nosso público:

 Estamos cientes de que o nosso público brasileiro é muito exigente em termos musicais, e nos esforçamos bastante para trazer uma experiência focada nas características do país. Para isso, negociamos com artistas independentes, dos mais variados gêneros musicais locais, para garantir uma grande variedade em nossa biblioteca. Sem falar nas grandes gravadoras como Sony, Som Livre, entre outras.

O serviço ainda se beneficiaria da base da dados do Google, enriquecida com informações de pesquisas de usuários em seu buscador e em serviços como o YouTube.

Em termos de curadoria, temos uma equipe nacional e internacional para dar dicas editoriais e indicações de artistas a serem incluídos em nosso acervo. Além disso, combinamos essas informações com o conhecimento dos algoritmos do Google para realizarmos recomendações inteligentes ao usuário, baseadas em dados como históricos de vídeos assistidos no YouTube ou tendências de busca.

Apesar dos serviços de música on-line terem tomado o mercado nos últimos anos, eles estão longe de serem unanimidades na indústria musical. Prova disso foi a polêmica na semana passada envolvendo a cantora Taylor Swift e o Spotify: a artista retirou seus álbuns do serviço alegando que as companhias do tipo ainda não compensam adequadamente autores, produtores, artistas e criadores de música pelo seu trabalho.

Não quero colocar o trabalho da minha vida em uma experiência — afirmou ela sobre a sua decisão.

Para o executivo do Google, no entanto, o streaming de música sinaliza como um modelo de negócio sustentável para artistas musicais, e uma grande oportunidade para reverter a crise da indústria fonográfica.

A maior parte da nossa receita vai para o pagamento de direitos a artistas, gravadoras e entidades de gestão coletiva de direitos — afirma Harley. — Não gosto de comentar sobre outros serviços, mas sabemos que estamos fazendo um bom trabalho com o nosso devido ao nosso amplo catálogo. Todos os grandes artistas estão lá, inclusive a Taylor Swift.

Os usuários que se inscreverem para utilizar o serviço de assinatura de hoje até o dia 7 de janeiro de 2015 terão um período gratuito de teste de 60 dias, segundo a empresa, após o qual deverão pagar R$ 12,90 mensais. Já quem aderir após o dia 7 de janeiro terá direito a um teste grátis de 30 dias, e o valor da assinatura mensal será de R$ 14,90. Também se poderá adquirir faixas ou álbuns inteiros na loja a la carte. Uma música custa, em média, R$ 2 e um álbum completo sai por R$ 20.

O endereço do novo serviço é play.google.com/music.




Via: OGlobo 

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