Você é desses que não tiram o Kickstarter da página inicial do navegador, ávido por um novo projeto de jogo para ajudar a financiar? Pois bem, esta novidade deve lhe interessar: a Square Enix, produtora famosa por títulos como Final Fantasy e Tomb Raider, anunciou nesta terça-feira (8) sua própria plataforma de financiamento colaborativo, a Square Enix Collective.
Pelo que descreve, a produtora tem a intenção de impulsionar jogadores e criadores a colocar mais projetos em prática. A plataforma é parte de uma parceria com o site Indiegogo, também voltado para projetos que buscam financiamento.
Mas se engana quem pensa que a colaboração funcionará como nos já conhecidos sites de crowdfunding. Na SE Collective, os interessados devem submeter seus projetos à aprovação da comunidade da publicadora, e, 28 dias depois, caso haja um consenso sobre a originalidade e rentabilidade da ideia, aí sim a campanha pode começar. Se ela for bem-sucedida, a Square Enix entrará em contato com os mentores e os ajudará a distribuir o jogo após seu lançamento.
Caso o jogo não seja aprovado, os desenvolvedores recebem uma explicação da própria produtora, apontando quais as falhas que não permitiram a aprovação.
Os projetos também podem ser submetidos à plataforma “sem compromisso”, só para medir sua popularidade a partir do feedback da comunidade. A Square Enix enaltece isso dizendo que é a ideia é que os estúdios recebam um feedback real de jogadores reais, uma forma de melhorar os jogos durante seu desenvolvimento.
Para chamar atenção para a nova plataforma, a empresa encontrou um jeito bem apetecível: a Square Enix oferecerá algumas de suas propriedades intelectuais no programa, como a antiga Eidos IP, por exemplo. Os pequenos estúdios poderão construir novos jogos a partir delas. Outras IPs disponíveis serão anunciadas na GDC Next, que acontecerá em Los Angeles no próximo mês.
Segundo Phil Elliot, que comanda a comunidade do Collective, a SE pretende que “a maioria” da verba obtida nas vendas dos jogos submetidos, aprovados e fundados seja direcionada aos desenvolvedores, enquanto a “minoria” vai para a publicadora: “Nós queremos reinvestir quaisquer lucros de volta para a plataforma”, disse.
Ao ser questionado pelo site Gamasutra se era realmente uma boa ideia envolver os jogadores nas fases iniciais do desenvolvimento de um game, e se isso não causaria problemas entre os produtores, Phil mostrou que a publicadora deve respeitar ambos os lados da moeda: ”eu acho que a forma como as plataformas de financiamento colaborativo trabalham atualmente é uma boa evidência de que a maioria dos jogadores são experientes quando se trata de olhar para o potencial de uma ideia. Mas não há uma exigência específica para que o proprietário da campanha mude de ideia em resposta ao feedback na Collective, se isso for contra sua visão. Eu acho que é realmente importante que nós ajudemos a dar às pessoas um maior entendimento do que acontece no desenvolvimento e o pensamento por trás das tomadas de decisão, mantendo um diálogo aberto.”
Para saber mais sobre quando os projetos poderão começar a ser submetidos ou mesmo quando a plataforma será lançada, só mesmo aguardando a GDC Next, que acontece entre 5 e 7 de novembro.
Via: tecnoblog
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