O Equador
confirmou nesta quinta-feira (11) que concedeu a naturalização ao
fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, em dezembro
passado. A informação foi dada à imprensa pela chanceler do país
latino-americano, María Fernanda Espinosa.
"A naturalizaação foi concedida no dia 12 de dezembro de 2017", disse
Espinosa, acrescentando que Quito pediu a Londres o reconhecimento de
Assange como "agente diplomático equatoriano", o que foi negado.
Mais cedo, um porta-voz do Escritório de Relações Exteriores do governo
britânico havia informado que o Reino Unido rejeitou o pedido de status
diplomático a Assange.
O fundador do WikiLeaks mora há mais de cinco anos na embaixada
equatoriana em Londres, sem poder sair do edifício. Ele obteve asilo em
2012 para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de estupro.
"O governo do Equador recentemente solicitou status diplomático para o
sr. Assange aqui no Reino Unido", disse o porta-voz. "O Reino Unido não
atendeu ao pedido, nem estamos em conversações com o Equador sobre essa
questão."
"O Equador sabe que a maneira de resolver essa questão é que Julian
Assange deixe a embaixada para encarar a Justiça", disse o porta-voz.
O pedido do Equador foi feito depois que a Suécia retirou, em maio, a investigação contra Assange por estupro que
o levou a pedir asilo na embaixada equatoriana, mas a polícia britânica
disse que ainda assim ele será detido se deixar o prédio.
Assange, que nega as acusações de estupro, teme ser deportado para os
Estados Unidos para enfrentar acusações pela publicação pelo WikiLeaks
de milhares de documentos militares e diplomáticos secretos dos EUA, em
um dos maiores vazamentos de informações da história do país.
Via: G1
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