sábado, 19 de setembro de 2015

Vivo é primeira operadora a ter domínio próprio na Internet

A partir do segundo semestre de 2016, o domínio .VIVO, pertencente à operadora Vivo, começará a ser usado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 17/9, durante a Rio Info 2015, no Rio de Janeiro. Mas o contrato da empresa com a contrato com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers - ICANN, autoridade internacional sobre nomes de domínio internet, se deu em julho de 2015.
A Vivo está autorizada a usar endereços na internet com a terminação .VIVO, sem a necessidade de nenhum outro complemento. Para receber o sinal verde da entidade, a Vivo cumpriu uma série de procedimentos para demonstrar a propriedade da marca, em negociações que tiveram início em 2013.
Há grandes somas de dinheiro envolvidas no simples processo de análise de novos domínios, embora a ICANN afirme que sejam apenas suficientes para o próprio processo. Há muitas exigências técnicas para a operação dos novos domínios na Internet. Poucas serão as empresas capazes de cumprir as exigências técnicas da ICANN em relação a administração dos servidores DNS em si.
Domínio .RIO jà está disponível
Desde de que a ICANN, divulgou a lista de candidatos a novos domínios genéricos de primeiro nível – os chamados gTLDs ou generic top-level domain – os brasileiros ficaram sabendo do interesse de empresas e entidades aqui do país em terem seus próprios sufixos nos endereços usados na grande rede.

Segundo um documento divulgado pela ICANN, na época, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (o NIC.br) entrou com um pedido para ser dono dos endereços que terminam em .BOM e .FINAL. Já os bancos Bradesco e Itaú, os postos Ipiranga, a empresa de cosméticos Natura e o portal UOL fizeram os pedidos de domínios que terminam nos nomes de suas marcas (.BRADESCO e .NATURA, por exemplo). A Telefònica registrou .VIVO. E as Organizações Globo tratou de pedir o domínio .GLOBO.
O domínio .RIO foi o primeiro a ser concedido. A cidade foi a primeira da América Latina a ter esse privilégio.  O domínio está na raiz da Internet desde maio de 2014. E esta semana, o prefeito Eduardo Paes informou sobre a liberação do uso.  A partir das 17h desta quinta-feira, 17/9, 17 de setembro de 2015 às 17 horas pessoas jurídicas ou pessoas físicas com CGC e CPF cadastrados em endereços do Rio de janeiro podem requer um domínio .RIO. Basta entrar emhttp://www.rio.rj.gov.br.
Inicialmente, apenas as operadoras HostNet e Mexcorp.net comercializarão o domínio. O preço anual deve ficar em torno de R$ 130, segundo a prefeitura.
Como a reserva de domínios já estava aberta desde agosto de 2014, 4,5 mil pedidos já estão registrados, segundo o secretário municipal de Administração, Marcelo Queiroz.
Além disso, a prefeitura já bloqueou cerca de 130 domínios, como nomes de praias, bairros e pontos turísticos da cidade, para não haver disputa jurídica futura.“O Rio tem uma vocação econômica que tem muito a ver com a sua marca", disse. "É impressionante como o Rio gera uma espécie de atração quase fatal em todas as pessoas”, disse o prefeito Eduardo Paes.
Para o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Protasio, o .RIO marca o vínculo da empresa com a cidade em qualquer lugar do mundo, fundamental no mundo globalizado. “Quando você deixa de ter o .BR e passa para .RIO, você está fazendo com que a sua atividade tenha o reconhecimento geográfico centralizado. Georreferência hoje no mundo é muito importante, assim como os produtos têm suas características, como o queijo de Minas, isso vai fazer com que a gente tenha maior capacidade de diferenciação no mercado mudial", completou.
Por que isso é importante
O domínio próprio traz segurança e outros benefícios ao cliente, na medida que garante credibilidade em links e sites, pois nenhum endereço na internet poderá ser registrado com a terminação .VIVO sem aprovação da empresa, assim como só  a prefeitura do Rio pode autorizar o uso de um domínio .RIO. 

Um empresa como a Vivo passa também a ter um controle maior sobre todo conteúdo produzido para a web, além de permitir à empresa criar nomes curtos e memorizáveis, facilitando e dando mais amplitude às ações de marketing. Razão pela qual o domínio próprio interessou também à Globo.
“Algumas marcas solicitam o domínio por uma questão de segurança, além da exclusividade em ter o nome da marca no próprio domínio”, conta Daniel Fink, gerente de relacionamento da ICANN no Brasil.
Segundo Daniel, o conjunto de domínios faz parte do programa de expansão de novos domínios de topo – aqueles localizados mais à direita do endereço web - realizado pela entidade em todo o mundo. Além das marcas, outros domínios também estão sendo criados como, por exemplo,“.pizza”, “.expert” etc. Mais de 1300 novos domínios devem ser criados nos próximos anos em todo o mundo. Desde que iniciamos o programa, mais de 600 já foram aprovados. Um dos desafios é divulgar esse novo formato para o usuário.
“Esta foi a primeira grande expansão dos nomes de domínio de topo. A decisão que a ICANN cumpre neste momento é garantir que este conjunto de novos nomes funcione perfeitamente na Internet. Está tudo indo bem e já existem planos de lançamento de uma nova chamada, para que outras empresas ou instituições solicitem seus registros nos próximos anos”.
Investimento alto
A Natura é outra empresa brasileira que também já teve o direito de uso do domínio global com o nome da empresa concedido pela ICANN. O contrato será assinado nesta quinta-feira, durante o Rio Info. "Somos a primeira empresa de bens de consumo no Brasil a ter um domínio global", afirma Agenor Leão, vice-presidente de Tecnologia Digital da Natura.

Ter um domínio próprio não é para qualquer um. Custa caro e é um processo demorado. A taxa de inscrição da candidatura do domínio, anos atrás, foi de 185 mil dólares. Uma vez aprovado o pedido, a taxa anual mínima de novo registro no ICANN é de 25 mil dólares. Existem ainda custos substanciais para a infraestrutura técnica, e custos operacionais, administrativos, legais e de marketing. Dependendo o domínio, o custo global de novos gTLDs pode chegar a até 2 milhões de dólares.

Via: IDGNow

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