quinta-feira, 16 de julho de 2015

“Estoque” de endereços IPv4 está acabando na América do Norte

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A América do Norte se uniu a outros territórios mundiais, nesta semana, como parte da lista de regiões que estão com estoque limitados de endereços IPv4. A ARIN (American Registry for Internet Numbers), entidade responsável por liberar tais blocos para organizações que precisam deles, revelou que, pela primeira vez, teve que negar um grande pedido realizado devido ao fato de que não existiam números suficientes para preenchê-los.
Dessa maneira, a entidade tomou duas atitudes. A primeira foi a abertura de uma lista de espera onde os interessados em utilizar a tecnologia IPv4 poderão se cadastrar para aguardar a liberação de novos blocos. Além disso, está pedindo que as empresas realizem pedidos menores, uma vez que o inventário de endereços ainda não chegou ao fim, mas se torna cada vez mais limitado, o que acaba dificultando a tarefa.
Além disso, a ARIN pede que as corporações considerem utilizar a tecnologia IPv6, mais moderna e adequada para os padrões de hoje, e com um espaço de endereços muito maior. Enquanto o IPv4 possui “apenas” 4,3 bilhões de combinações possíveis, a versão mais atual do protocolo comporta 430 trilhões de formas.
Bem em breve, porém, a organização acredita que isso deixará de ser uma recomendação para se tornar uma necessidade. Outras regiões, como a América Latina, a Ásia e a Europa, já entraram em um regime semelhante em relação aos endereços IPv4 – alguns funcionam desta maneira desde 2011 – e a chegada da Internet das Coisas somente fará aumentar a procura pelo protocolo, tornando o uso do IPv6 não apenas uma alternativa, mas sim, a única escolha.
Trocando em miúdos, as siglas estão relacionadas ao protocolo de internet necessário para que as máquinas conectadas na rede possam trocar informações entre si. O IPv6, além de ser um sucessor para a tecnologia que está em funcionamento desde os primórdios, também permite uma expansão maior e melhor em qualidade de serviços como voz sobre IP e streaming. O acesso mobile também é melhorado por uma maior velocidade de transmissão, algo que também é bastante importante quando se pensa na Internet das Coisas.
Tais características, consideradas necessárias para o avanço da tecnologia, levaram até mesmo governos a implantarem metas de aplicação. Os Estados Unidos, por exemplo, obrigam todas as suas agências a darem suporte ao IPv6 desde 2008, uma iniciativa que também existe em outros países do mundo. Enquanto isso, o uso do IPv4 também se tornou uma boa fonte de renda para as agências de regulação, com a venda de endereços não utilizados gerando bastante fundos para os cofres públicos, uma ideia que já foi aplicada no Reino Unido, por exemplo.

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