Entrar no mundo do Linux pela primeira vez começa com a
escolha de uma distribuição da plataforma. Um sistema típico “Linux” é
construído com software de diferentes projetos open-source, incluindo o
kernel do Linux. As distribuições são os projetos que “empacotam” todos
esses software em um sistema fácil de instalar e usar.
Testar uma distribuição Linux é algo extremamente simples.
Você só precisa de um drive USB e reiniciar o seu computador. Não é
preciso instalar nada ou adulterar o seu sistema atual (se tiver um
computador com Windows 8, talvez tenha de desabilitar a opção Secure
Boot antes de conseguir inicializar um sistema Linux).
Ubuntu é um ótimo lugar para começar
O Ubuntu é provavelmente a distribuição do Linux mais
amplamente recomendada para novos usuários. E por uma boa razão. Essa
distribuição fornece um instalador fácil e simples e um desktop
razoavelmente amigável ao usuário no Unity. O Unity se diferencia um
pouco de um desktop tradicional do Windows, mas não deve ser muito
difícil para achar seu caminho por lá.
Essa distribuição do Linux não é tão ideológica sobre
software livre quanto outras. Com apenas um único clique durante o
processo de instalação, você pode fazer o Ubuntu instalar
automaticamente o plugin do Flash e vários codecs. Após a instalação, há
uma ferramenta única de Drivers Adicionais que te diz exatamente quais
drivers de hardware de código fechado são necessários para fazer seu
hardware funcionar corretamente e te permite instalá-los com um ou dois
cliques. Esses software adicionais podem ser meio chatos de conseguir em
outras distribuições Linux, e sua instalação nem sempre é oficialmente
suportada.
Fique com a versão LTS (long term service) e terá um
sistema Ubuntu que é suportado atualizações de segurança por cinco anos.
Esses lançamentos LTS também recebem upgrades de suporte para hardware e
algumas outras atualizações significativas de software, te permitindo
instalar o Linux uma vez e usar o sistema por anos. Não é preciso fazer o
upgrade para uma versão nova todo ano para ficar atualizado, como
poderia acontecer com uma distribuição de Linux mais ágil nesse sentido
como o Fedora.
A popularidade do Ubuntu significa que há uma grande
quantidade de software disponível para o sistema em seus repositórios de
aplicativos e até mesmo em PPAs, se acabar precisando de algo mais
específico. Também há uma grande quantidade de documentação disponível
online. Por isso, caso encontre algum problema, provavelmente poderá
fazer uma busca na web e encontrar outra pessoa que já teve e resolveu
um problema igual ou parecido.
O Linux Mint também é bastante popular
Não há como negar a popularidade do Linux Mint. Ele é
baseado no Ubuntu, então você recebe o mesmo sistema base do Ubuntu, mas
o Mint também é o seu próprio projeto. O Ubuntu parece mais popular no
geral, mas o Linux Mint geralmente parece ser mais popular entre os
usuários online de Linux desktop.
O Linux Mint é focado no desktop tradicional. Os seus dois
desktops, Cinnamon e MATE, são interfaces mais tradicionais que serão
um pouco mais familiares para os usuários deixando o Windows em direção
ao mundo Ubuntu. O Linux Mint também é implacavelmente focado em
melhorar o desktop de hoje, enquanto o que o projeto Ubuntu está
trabalhando em um sistema para smartphones, criando novos formatos de
pacotes de software, e reescrevendo inteiramente o desktop Unity para a
convergência entre celulares e PCs.
Dê uma chance ao Mint se acha o Linux interessante, mas
não é fã do desktop Unity, do Ubuntu. Felizmente, é fácil testar o
Ubuntu e o Linux Mint sem desinstalar nada no seu computador.
Lubuntu pode dar vida nova para PCs antigos
Se você possui um computador significativamente mais
antigo com menos RAM e uma CPU mais lenta, pode querer pular o desktop
principal do Ubuntu e usar algo mais leve. O Lubuntu é o sistema base do
Ubuntu com o desktop Lxde, que é muito mais leve. O Lubuntu herda todos
os recursos do Ubuntu – apenas possui um ambiente de desktop diferente.
O projeto Lubuntu diz que o Lubuntu deve rodar
relativamente bem com 512MB de RAM, apesar de que você vai querer 1GB
para sites mais modernos e exigentes. O Ubuntu com o desktop Unity
provavelmente enfrentaria dificuldades com uma quantidade de memória tão
baixa.
Mas o Lubuntu não é a única versão do Ubuntu com um
desktop diferente que você pode testar. O Ubuntu oferece uma grande
variedade de outros “sabores”.
Mas e o Fedora, Debian, Arch e outras?
Existem muitas outras distribuições de Linux por aí –
centenas, na verdade. Aqui vão algumas sobre as quais você já deve ter
ouvido falar. São todas ótimas distribuições, mas não são o melhor lugar
para a maioria dos usuários iniciantes por uma ou outra razão.
O Fedora é popular, e é um ótimo projeto. Ao contrários de
muitas outras distribuições do Linux, o Fedora funciona com vários
projetos “upstream” e não os customiza excessivamente. O Fedora é uma
plataforma para todas as tecnologias mais recentes na “terra do Linux” e
ajuda a impulsionar todo o ecossistema.
No entanto, software comuns como codecs e drivers para
hardware de código fechado não são suportados no Fedora, que possui foco
em software livre. É preciso recorrer a terceiros para conseguir esses
apps não aprovados, o que pode ser algo bem complicado para um novo
usuário. O Fedora também tem um ritmo mais frenético, com cada
lançamento da plataforma sendo suportado por apenas 13 meses. É preciso
fazer upgrade para novas versões dessa distribuição com muito mais
frequência para continuar recebendo atualizações de segurança.
O Debian é sólido e estável – na verdade, forma a base
para uma boa parte do software que acaba no Ubuntu. Já foi dito que o
maior feito do Ubuntu era pegar o Debian e construir sobre ele para
criar um sistema mais amigável ao usuário. O Debian não fornece uma
ferramenta fácil para instalar drivers de código fechado para hardware
que você possa querer ou precisar. O Debian é um excelente projeto, mas o
Ubuntu tem um ritmo mais rápido e é mais focado em fornecer uma
experiência refinada de desktop.
O Arch Linux também é popular entre os usuários com mais
experiência, mas exige muito mais “mão na massa”. E é exatamente isso
que um determinado tipo de usuário busca. Mas provavelmente não é onde
você vai querer começar com o Linux, a não ser que esteja disposto a
mergulhar bem fundo.
Não há como fazer todo mundo feliz. Alguns leitores vão
ficar chateados que as suas distribuições favoritas não foram
recomendadas aqui. Cada distribuição possui os seus fãs e usuários
dedicados. E essa liberdade de escolha é que faz a beleza do Linux!
Via: IDGNow
Nenhum comentário:
Postar um comentário