A plataforma online para contratação de serviços de limpeza Helpling completou o seu primeiro ano na ativa com um investimento de nada menos do que 43 milhões de euros recebido no último mês. Esse montante, somado aos 13,5 milhões de euros levantados em dezembro do ano passado, serão usados principalmente para a empresa expandir suas operações nos 12 países em que já atua, incluindo o Brasil – a lista inclui ainda Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Cingapura, Emirados Árabes Unidos (EAU), Espanha, França, Holanda, Itália e Suécia.
“Queremos focar os investimentos em duas áreas principais. A primeira é melhorar a experiência do consumidor. Ou seja, a facilidade para ele agendar os serviços. Temos muitas ideias de como fazer isso funcionar melhor. E a outra é investir nos mercados em que já estamos”, explica o cofundador da Helpling, Benedikt Franke, que diz se inspirar no Uber quanto à experiência de usuário que busca com a sua empresa.
Brasil
Lançada em setembro de 2014 no Brasil, onde possui um escritório em São Paulo com cerca de 20 funcionários, o Helpling está presente apenas na Grande SP e algumas áreas da cidade do Rio de Janeiro por enquanto. Mas, apesar do pouco tempo por aqui, a plataforma já registrou cerca de 5 mil limpezas realizadas no país, o que representa cerca de 10% das mais de 50 mil casas que já foram limpas no mundo todo desde o início de 2014.
Além de ser um dos maiores mercados do mundo em serviços domésticos, com aproximadamente 7 milhões de trabalhadores na área, o Brasil ficou ainda mais atraente para o Helpling por conta das mudanças recentes na lei que garantiram mais direitos aos trabalhadores domésticos – e, consequentemente, encareceram a conta para os patrões. “Isso é claramente uma oportunidade para todos”, afirma o executivo, que destaca o mercado brasileiro como “muito importante” e visita o país uma vez por mês. “Agora estamos focados em ajudar as faxineiras a conseguir mais trabalhos na mesma área no mesmo dia, para que não tenham que viajar demais entre cada um deles.”
Benedikt vem ao Brasil pelo menos uma vez por mês; empresa possui site e apps móveis no país
Apesar de enfrentar a concorrência local de plataformas similares como Blumpa, Easycasa e Parafuzo, Benedikt afirma que o maior rival do Helpling no Brasil ainda é o mercado informal, das indicações boca-a-boca. Os preços, que variam entre 20,90 reais e 24,90 reais por hora no Helpling, e a confiança, são os maiores desafios para essas plataformas. "Com o nosso serviço, uma faxineira pode ganhar mais do que ganharia normalmente. Além disso, é importante para o consumidor poder ter essa confiança, especialmente em um mercado que é baseado em recomendações."
Segurança
Assim como outras plataformas que fazem a “ligação” entre consumidores e profissionais, a exemplo de aplicativos de táxi e o Uber, o Helpling lembra que é apenas um market place e não fornece o serviço em si - apesar de oferecer treinamento para os empregados e empregadas domésticos listados no site e em seus aplicativos móveis para Android e iOS.
“Estamos unindo as duas partes. Tudo é muito transparente. Somos uma empresa de tecnologia e somos muito bons em fazer isso. Mas toda empresa precisa tomar responsabilidades em qualquer ação na sociedade”, afirma o cofundador da Helpling. O executivo lembra ainda que, quanto melhores as notas nos serviços, maiores são as chances do trabalhador(a) doméstico(a) conseguir mais trabalhos.
Sem hype
Por fim, Benedikt destaca que plataformas como o Helpling representam um novo segmento de mercado. ”Estamos aqui para ficar, existe um mercado para isso, não é um hype nem nada do tipo.”
Via: IDGNow
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