
Pensou em mobilidade, pensou Twitter. Pensou em segunda tela, pensou Twitter. Pensou em publicidade nativa e publicidade em tempo real, pensou Twitter. Essa é a meta da equipe da subsidiária do Twitter no Brasil, que acaba de completar um ano.
De acordo com Guilherme Ribenboim, diretor-geral do Twitter Brasil, o país se mantém entre os cinco maiores mercados do microblog, que reúne mais de 241 milhões de usuários ativos em todo o mundo. Mas o usuário brasileiro tem características bem marcantes, que pautam a atuação, não só de seus 42 funcionários no país, como de todos os parceiros, de diversos segmentos. A meta é inovar, desenvolvendo produtos pautados pelos hábitos dos usuários brasileiros.
De acordo com Ribenboim, hoje 64,7% da base de usuários brasileiros do Twitter usam o microblog via plataformas móveis (há um ano eram 40%); 70% apontam o microblog como principal canal para consumo de informação em tempo real; 60% costumam usar o serviço enquanto veem TV; e 67% usam o microblog para seguir personalidades (o que reforçou a estratégia de verificação de contas). Além disso, os brasileiros tuitam e retuitam mais (o que mostra um grande engajamento), prestam atenção maior aos trending topics (gostam de tentar colocar os assuntos que estão comentando nos TT mundiais), e se interessam mais por utilidade pública.
Na opinião do executivo, o expressivo crescimento da quantidade de usuários móveis está relacionado com o crescimento da base de usuários de smartphones no país, com as ações de segunda tela promovidas pelo microblog em parceria com emissoras brasileiras e com as parcerias conduzidas pela área de negócios do escritório brasileiro com as operadoras de telefonia móvel (Claro, Tim e Oi). "Somos hoje, de fato e de forma massificada, uma plataforma mobile", afirma Ribenboim.
Pensando em ampliar esse universo de usuário móveis, o Twitter decidiu desenvolver um app para smartphones de entrada, com pouca memória e tela de tamanho reduzido. A primeira versão é para aparelhos Android, versão 2.x em diante. Esse app tem tamanho e layout especial para este tipo de smartphone. A intenção é garantir que todo o tipo de brasileiro que queira estar no Twitter possa fazê-lo, e tenha uma boa experiência de uso, superior a qualquer outro tipo de aplicativo. "O Twitter está claramente muito bem posicionado nesse cenário de uso crescente de apps nativos e redução da navegação via browser, não só nos smartphones mas também em outras plataformas", afirma Ribenboim.
Da mesma forma, o microblog está desenvolvendo recursos específicos para ações de segunda tela. A intenção é facilitar a interação entre os usuários que queiram comentar assuntos relacionados com programas de TV. Um bom exemplo, já disponível no exterior, e que deve chegar ainda este ano ao Brasil, é a possibilidade de criação automática de salas de bate-papo em torno de um determino programa. Todos os tweets relacionados a esse programa serão agregados nessa tela.
Na Índia já está em curso até uma experiência de integração maior do Twitter com a programação da TV, em parceria com a operadora de TV por assinatura Airtel. O "Twitter EPG" possibilita à emissora ou empresa de TV a cabo veicular uma timeline sobre o programa que está sendo veiculado naquele momento, a partir de uma curadoria de todos os tweets publicados no Twitter sobre o programa. O acesso a essa tela é feito via o controle remoto da TV ou do set-top box. Basta apertar um botão.
O sistema, operado por um parceiro do Twitter que trabalha junto com a equipe da Airtel, conta inclusive com uma função para que o telespectador usuário do Twitter envie tweets com a hashtag #onTV, para indicar que gostaria de ver a sua mensagem veiculada, no ar, para todos os telespectadores. Do ponto de vista da emissora, a hashtag #onTV funciona como um primeiro filtro, comenta Daniel Carvalho, diretor de desenvolvimento de negócios do microblog para a América Latina. De acordo com ele, os resultados têm sido acima da expectativa. "Mas ainda é uma experiência muito recente", afirma. O executivo já vem conversando com emissoras e empresas de TV por assinatura brasileiras para fazer algo semelhante aqui, talvez ainda este ano.
O Twitter também vai passar a enviar notificações sobre o que está em evidência naquele momento, de acordo com o contexto de uso de cada perfil. Se você conversa muito sobre o Flamengo, ou o Corinthians, todas as vezes que houver um pico de interesse relacionado a esses assuntos você será avisado. A ideia é ter alertas para momentos polêmicos, contas novas, notícias, etc.
Por fim, em relação às tendência de publicidade nativa e publicidade em tempo real, o Twitter já começa a ser encarado pelo mercado brasileiro como uma oportunidade para as marcas serem mais inteligentes aos olhos dos consumidores.
"O Twitter é uma plataforma onde as marcas podem, efetivamente, conversar com as pessoas, em tempo real", afirma Ribenboim. "A marca pode capturar o momento que a pessoa está vivendo e as conversas que ela está tendo, inserir a sua mensagem com maior relevância e, assim, capturar engajamento e aumentar a sua capacidade de ser percebida como marca positiva e aumentar vendas", completa o executivo.
Segundo ele, o fato do Twitter ser uma plataforma aberta, conversacional, em tempo real e sem filtro, a torna relevante não só para estratégias de segunda tela, como para outras estratégias de marketing e publicidade digital. "Essas quatro características nos tornam uma plataforma completamente diferente de qualquer outra do mercado", afirma Ribenboim.
Via: IDGNow
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