quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Saiba o que são e pra quê servem memória RAM, HD e mais

A palavra "memória" é usada frequentemente no mundo da tecnologia. Sua origem neste setor data dos anos 1940. Nesta época, pequenas quantidades de bytes eram armazenados em válvulas a vácuo para que cálculos matemáticos bem simples fossem efetuados nos computadores de então. Com o advento do circuito impresso as memórias tiveram um grande avanço que perdura até hoje, tanto em capacidade de armazenamento como na velocidade de acesso aos dados.

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Nas décadas de 1980 e 1990 o termo memória era mais usado para identificar um tipo específico de memória, a famosa RAM. Anos mais tarde, com a chegada das câmeras digitais o termo "cartão de memória" também se popularizou. No entanto, existem diversos outros tipos de memória que estão presentes em nosso dia-a-dia. Uma delas é o famoso disco rígido(HD).

O iG elaborou uma lista com os tipos de memórias mais presentes nos dispositivos e computadores atuais e suas funções. Confira:

1 – Memória RAM (Random Access Memory)

O significado do nome RAM é “memória de acesso aleatório”. Isto quer dizer que qualquer parte da memória pode ser solicitada pelo processador a qualquer momento, seja para leitura ou gravação de dados. A RAM é considerada uma memória volátil, pois tudo que está guardado nela é apagado assim que o equipamento é desligado.

Atualmente, notebooks e PCs básicos costumam vir com 2 GB de RAM. É um valor adequado para rodar o Windows 7 e alguns programas básicos. Quem quiser um desempenho melhor deve optar por um computador com 4 GB ou mais de memória RAM.

A principal função da memória RAM é evitar um gargalo de desempenho entre o processador e a memória de armazenamento (disco rígido, unidades de CD/DVD, entre outras). Quando o usuário liga o PC, o sistema operacional ocupa uma parte da RAM. Cada novo programa aberto ocupa mais um pouco. Quando a memória RAM está “cheia”, o computador fica lento e é necessário fechar programas (e, em casos mais graves, reiniciar o computador) para liberar memória.

Um disco rígido convencional, como veremos adiante, é extremamente lento para acessar dados quando comparado à memória RAM. Por isso, o sistema operacional e os programas e arquivos usados no momento são carregados na memória RAM, mais veloz.

Impressoras também têm memória RAM. Ela é usada para armazenar temporariamente e processar arquivos enviados por computadores. Nos smartphones, a memória RAM tem a mesma função da desempenhada em computadores. Ela permite que vários aplicativos instalados rodem ao mesmo tempo e se alternem de maneira veloz, conforme solicitado pelo usuário.

Os pentes de memória RAM variam de tamanho. Por exemplo, um pente do tipo DDR1 para desktop não encaixará num soquete de uma placa-mãe para DDR3 de outro desktop e vice-versa.


Foto: Divulgação


Alguns tipos de memória RAM existentes no mercado
Além disso, existem diferenças na velocidade em que um pente de memória acessa a placa-mãe. Por isso, na hora de fazer um upgrade, verifique qual o soquete e barramento da placa-mãe que seu micro suporta antes de adquirir um pente de memória RAM.

Uma dica importante: nunca compre uma memória em que o vendedor tenha colocado os dedos nos chips na hora de mostrar o pente. O correto é segurá-la somente pelos cantos.

A eletricidade estática que carregamos em nossos corpos pode danificar os componentes de um pente de memória. Por isso, sempre exija que sua memória esteja lacrada, seja num envelope anti-estático (saquinho de cor metálica) ou numa embalagem de plástico rígido do fabricante.

2 – Disco rígido (HD)

Os discos rígidos são um tipo de memória que tem como principal função armazenar grandes quantidades de dados. São neles que geralmente estão localizados seus documentos, vídeos caseiros, fotos, músicas baixadas da internet e aplicativos/jogos instalados no computador.


Foto: Getty Images


HDs convencionais gravam dados usando uma agulha e um disco magnético
Atualmente, notebooks básicos costumam ter discos com cerca de 300 GB (igual a 300.000 MB) de espaço. Com esse espaço, dá pra guardar com folga milhares de músicas, que costumam ter por volta de 5 MB. No caso dos arquivos de vídeo, um arquivo de um filme de duas horas pode ter 1 GB ou mais, dependendo da qualidade.

Para funcionar, um HD usa uma agulha para gravar dados no disco magnético. A velocidade de gravação na maioria dos HDs do mercado está entre 5.400 e 7.200 RPM (rotações por minuto).

Além da memória para armazenamento, os discos rígidos também possuem uma memória de acesso rápido, para informações muito solicitadas pelo sistema. Ela é chamada de buffer e costuma ter 16 MB.
Na hora de adquirir um HD, dê preferência sempre aos com maior velocidade de rotação (7200 RPM).

Caso o vendedor tenha somente os mais lentos (5400 RPM), opte por um modelo que tenha um buffer maior, mesmo que a capacidade de armazenamento seja um pouco menor (por, exemplo, 250 GB com 16 MB de buffer em vez de 320 GB com 4 MB), principalmente se for o disco rígido onde o sistema operacional será instalado.

Atualmente já existem discos rígidos híbridos, que de forma inteligente colocam os arquivos mais acessados numa memória Flash integrada que simula um SSD (por exemplo, o Seagate Momentus XT 750GB + 8GB).

3 – SSD (Solid State Drive)

Muitos notebooks mais modernos, incluindo vários modelos de ultrabooks, começam a substituir HDs convencionais por memórias do tipo SSD (Solid State Disk). Na prática, esse tipo de memória funciona como um pen drive, e não tem partes móveis.

Essa característica resulta em um acesso mais veloz à memória, além de maior resistência a quedas e trepidações. A única desvantagem no momento é o custo, já que o valor por megabyte ainda é muito mais alto que o de um disco rígido tradicional. Contudo, esta diferença de preço tende a cair rapidamente nos próximos anos.

4 – Memória Flash 

É o tipo de memória usado em pen drives e cartões de memória para celulares, câmeras digitais e tablets. Os formatos mais populares em cartões de memória são SD (Secure Digital), Compact Flash, SmartMedia, e MemoryStick.


Foto: Reprodução


Cartões de memória e pen drives usam memórias do tipo Flash
A memória Flash pode atuar como um disco rígido ou como uma memória RAM. Assim, em algumas situações ela é usada para armazenar grande quantidade de dados, enquanto em outros casos é usada para acelerar o sistema. A memória Flash tem como características principais não ser volátil (ou seja, o conteúdo não é apagado automaticamente), ser regravável e de estado sólido (sem partes móveis).


Foto: Getty Images


Discos Blu-ray podem guardar mais de 120 GB de dados
5 - Mídias ópticas

Todas as mídias ópticas (gravadores de CD/DVD e Blu-ray) também são consideradas um tipo de memória, já que é possível guardar e ler dados. A capacidade de armazenamento varia de 650MB (CDs convencionais) até 128 GB (Blu-ray BDXL).

A velocidade de acesso e gravação deste tipo de memória é bem lenta se comparado a outros tipos de memória. E, com o barateamento dos HDs e a popularização dos serviços em nuvem, a mídia óptica vem perdendo espaço para guardar grandes quantidades de dados. No entanto, seu baixo custo de produção ainda é um grande atrativo para que ela permaneça no mercado.

6 – ROM (Read-only memory)

Esse tipo de memória é usado principalmente em cartuchos de jogos para videogames portáteis, como o Nintendo 3DS. Nos anos 1980 e 1990 a memória ROM era usada também em videogames de mesa, como Atari, NES e Super NES. Mas foi gradualmente substituída por CDs, DVDs e discos Blu-ray.

A memória ROM se diferencia da RAM principalmente por ser não-volátil (os dados permanecem armazenados após o desligamento), por não alcançar taxas tão altas de velocidade de transferência de dados e por essencialmente armazenar dados que são usados automaticamente pelo sistema, sem que o usuário os tenha solicitado diretamente.

Tradicionalmente, a memória ROM não permite alteração de dados. Mas, alguns tipos de memória ROM permitem gravar ou alterar os dados armazenados.

Os tipos mais conhecidos são: EPROM (Erasable Programmable) e EEPROM (Electrically Erasable Programmable). Estas se diferenciam na forma de como os dados podem ser alterados. A primeira pode ser alterada apenas por remoção física e colocação do chip num dispositivo especial de leitura/gravação. A segunda pode ser alterada diretamente do circuito onde está conectada.

7 – Memória cache

O cache é uma memória que tem a finalidade de fornecer, de forma rápida e sempre que necessário, pequenas instruções de uso constante de um componente (por exemplo, um processador). Este tipo de memória é um atalho de acesso aos dados contidos em um tipo de memória mais lenta (ex.: RAM).


Foto: Divulgação


Chips Core i7 podem ter até 12 MB de cache
Os processadores básicos geralmente contam com somente uma camada de memória cache (level 1). Já os intermediários modernos e mesmo os topo de linha mais antigos podem conter duas ou três camadas (level 2 e 3). O tamanho destas memórias pode variar de 64 KB (AMD Duron 750) até 12 MB (Intel i7 980) e sua característica principal é sua altíssima velocidade.

A memória virtual (pagefile) do Windows e o cache de navegadores da internet podem ser considerados memórias cache. A diferença é que ambos usam espaço livre no disco rígido para alocar os dados a serem constantemente acessados, em vez de contarem com uma memória física dedicada somente para suas atividades.

8 – VRAM (Video random access memory)

Memória de altíssima velocidade presente em placas de vídeo. Ela é útil principalmente para rodar jogos “pesados” e aplicações 3D, como 3ds Max.

Em termos técnicos estas memórias de vídeo se assemelham muito às tradicionais RAMs, porém quase sempre estão um passo a frente em termos de velocidade.

Fonte: www.tecnologia.ig.com.br

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