O número de malware que atinge dispositivos Android alcançou um
aumento de 35% no segundo trimestre de 2013 - crescimento inédito desde o
início de 2012. A conclusão é do relatório trimestral da empresa de
segurança McAfee, divulgado na última terça-feira (20).
Segundo a companhia, esse aumento foi marcado pela proliferação
contínua de malwares bancários para roubo de SMS, aplicativos
fraudulentos de namoro online e entretenimento, aplicativos legítimos
usados como vetores de infecção e aplicativos mal-intencionados que se
passam por ferramentas úteis, porém, falsas.
O relatório mostrou também que o número de novas amostras de
ransomware (vírus que trava o computador e cobra uma taxa para o
desbloqueio) dobrou nesse segundo trimestre com relação ao início do
ano, chegando a 320 mil. Esse número equivale ao dobro registrado no
período anterior, o que demonstra a rentabilidade da tática.
O levantamento também apontou um aumento de 16% no número de URLs suspeitas, totalizando 74,7 milhões.
Amostras de malware com assinatura digital também registrou aumento de 50%, atingindo 1,2 milhão de novas amostras.
O volume de spam mundial continuou em alta durante o
segundo trimestre, com mais de 5,5 trilhões de mensagens de spam. Isso
representou aproximadamente 70% do volume mundial de e-mails.
Além disso, diversos ataques contra a infraestrutura mundial do
Bitcoin e revelações sobre a rede Operation Troy, que tinha como alvo
recursos militares norte-americanos e sul-coreanos também
"O cenário dos cibercrimes móveis está ganhando contornos mais
definidos à medida que quadrilhas de cibercriminosos determinam as
táticas que são mais eficazes e lucrativas”, afirmou o vice-presidente
sênior do McAfee Labs, Vincent Weafer. “Como acontece em outras áreas, a
motivação lucrativa de invadir contas bancárias ganhou mais relevância
do que as dificuldades técnicas de burlar a confiança digital. Táticas
como os golpes dos aplicativos de encontros e entretenimento aproveitam a
falta de atenção dada a esses golpes, ao passo que outros simplesmente
atacam a moeda mais popular do paradigma móvel: informações pessoais dos
usuários”, conclui o executivo.
Táticas de ataque
Malwares bancários: os pesquisadores da McAfee identificaram quatro
malwares móveis significativos que capturam os nomes de usuário, as
senhas tradicionais e, depois, interceptam as mensagens de SMS que
contêm as credenciais de acesso às contas bancárias. Então, as partes
mal-intencionadas têm acesso direto às contas e podem transferir saldos.
Aplicativos falsos de namoro: a empresa identificou um aumento
acentuado no número de aplicativos de encontros e entretenimento que
induzem os usuários a se inscrever em serviços pagos que não existem. Os
lucros das compras são complementados pelo roubo e pela venda contínuos
de informações e dados pessoais dos usuários armazenados nos
dispositivos.
Aplicativos usados como vetor de infecção: a pesquisa mostrou aumento
do uso de aplicativos legítimos modificados para atuar como spyware nos
dispositivos dos usuários. Essas ameaças coletam uma grande quantidade
de informações pessoais do usuário (contatos, registros de chamadas,
mensagens de texto, localização) e enviam os dados ao servidor do
invasor.
Ferramentas falsas: os cibercriminosos também estão usando
aplicativos que se passam por ferramentas úteis, como instaladores de
aplicações que instalam spyware e coletam e encaminham dados pessoais.
Via: IDGNow
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