Videogames
são formado por um conjunto de coisas unidas pelo entretenimento
interativo, incluindo design de personagens e fases, trilha sonora,
programação, roteiro, entre vários outros fatores. No entanto, poucos
marcam tão profundamente o jogador quanto um game que é capaz de contar
uma boa história.
Neste
dia internacional dos gamers, revemos aqui alguns casos de jogos que
foram capazes de deixar sua marca na memória não apenas por divertir,
mas por serem capazes de emocionar, chocar ou simplesmente impressionar
por uma trama bem amarrada.
The Walking Dead, temporadas 1 e 2 (2012 e 2014)
Lançado
em capítulos pela TellTale, o game coloca o jogador no difícil papel de
fazer decisões morais pesadíssimas a cada momento. É comum, ao terminar
uma sessão de jogo, se sentir um ser humano horrível, por ter que
escolher entre duas situações ruins. Ao mesmo tempo, o game consegue
construir em pouco tempo uma relação muito boa entre personagens e fazer
o jogador se esforçar para tentar poupar a todo custo os companheiros
de jornada do sofrimento.
Normalmente,
jogos trabalham com mecânicas para recompensar o jogador por ações
corretas. Não aqui. Não há nada de correto, não há “melhor”, nem mesmo
“menos pior”, apenas sobrevivência em um apocalipse zumbi e desgraça
atrás de desgraça contra os protagonistas.
Alan Wake (2010)
Se
estamos falando de história, como esquecer de Alan Wake, jogo de terror
que leva o roteiro tão a sério que coloca o jogador na pele de um
escritor de livros de terror?
O
game tem uma estrutura toda diferente, que faz com que o protagonista
viva uma história que está escrevendo sem saber. O jogo é inteiramente
povoado com simbolismos e metáforas inteligentes, enquanto o autor Alan
Wake precisa enfrentar monstros sem saber mais o que é real ou
imaginação. Seria um grande livro, mas é um videogame.
Bioshock (2007)
Uma
das séries que mostrou que era possível utilizar games para um
propósito maior do que meramente diversão por meio de tiros e headshots.
O game conta a história da cidade submersa de Rapture e dos mistérios
de sua decadência, entrando em discussões sobre livre arbítrio, em um
ambiente imersivo e, por muitas vezes, assustador, mostrando como uma
utopia pode se transformar em um pesadelo.
The Last of Us (2013)
Mais
um exemplo de jogo capaz de construir uma relação incrível entre
personagens e fazer o jogador se importar com seus companheiros de
jornada. Como Walking Dead, são pessoas com suas próprias bagagens
sofrendo para se manter em um mundo pós-apocalíptico onde não há heróis.
O
game é capaz de misturar momentos de extrema humanidade com a
brutalidade inerente de um planeta povoado por pessoas buscando
sobreviver a todo custo e monstros decididos a matar tudo que se
encontra pela frente. É possível notar a evolução dos personagens até
chegar a um dos finais mais marcantes da história dos videogames.
Spec Ops: The Line (2012)
E
se um jogo lhe informasse que a única decisão correta possível era
parar de jogá-lo? Spec Ops: The Line é um dos poucos que tem esta
coragem. O game se passa por um shooter em terceira pessoa bastante
genérico para fazer uma crítica à glamurização da violência em guerras,
ressaltando que o sofrimento e a dor física e psicológica enfrentada
pelos soldados é muito mais profunda do que qualquer alegria gerada por
um headshot. Fica o aviso: você provavelmente nunca mais ver Call of
Duty ou Battlefield do mesmo jeito.
Red Dead Redemption (2010)
Não
é só um GTA no velho oeste. Red Dead Redemption utiliza, sim, mecânicas
parecidas com GTA, mas aproveita este universo para contar uma história
muito mais inteligente e humana, de um homem com erros que só quer
viver novamente com sua família, mas constantemente precisa enfrentar as
consequências de suas ações de sua vida prévia. O final é marcante e
significativo, mas não é possível entrar em detalhes para não estragar a
experiência de quem ainda não jogou. Fica a dica ;)
Silent Hill 2
Quem
disse que videogame é coisa de criança? Silent Hill 2 é um jogo dos
mais aterrorizantes já feitos pelo homem, mas mesmo assim consegue
abordar com sutileza e sensibilidade a natureza humana, tocando em
assuntos que são tabu para a sociedade, sexualidade e morte de uma forma
madura, como nenhuma criança jamais vai entender. Na verdade, muitos
adolescentes e jovens adultos não possuem a bagagem cultural necessária
para realmente digerir a mensagem por trás do game. Se você só conheceu o
jogo quando jovem, vale a pena revisitá-lo agora. Se tiver coragem,
claro.
Via: olhardigital
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