Esta segunda-feira, dia 15 de julho, marca o aniversário de 30 anos da entrada da Sega
no ramo dos consoles, como o dia em que a empresa lançou seu primeiro
videogame, o SG-1000 no Japão. Poucas pessoas sabem, mas este console
viria a ser remodelado e lançado no resto do mundo como o Master System.
Confira alguma das curiosidades de um dos videogames mais populares da
produtora de Sonic.
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| Confira 10 curiosidades sobre um dos consoles mais populares da Sega (Foto: facebook.com) |
10 – Uma origem improvável
O SG-1000, codinome do Sega Game 1000, foi lançado em 15 de julho de
1983, exatamente no mesmo dia em que a Nintendo lançava o seu Famicom, a
versão japonesa do Nintendo 8 Bits (NES), nascendo assim uma rivalidade
que duraria um bom tempo. Porém, enquanto a Nintendo ganhava mercado, a
Sega tinha vendas apenas razoáveis.
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| O SG-1000 acabou mais tarde dando origem ao Master System (Foto: wikipedia.org) |
Com isso, a empresa começou a lançar novas versões do videogame, o
SG-1000 2 que era praticamente idêntico ao seu antecessor, o SC-3000 que
era mais como um computador, seguindo moldes do clássico MSX e
finalmente chegando ao Sega Mark 3, que tinha um novo hardware mais
potente e se tornou o Master System no resto do mundo.
9 – O inesperado sucesso no Brasil
Como dito, a Nintendo ganhou grande parte do mercado com o Nintendo 8
Bits, mas isso foi nos Estados Unidos e Japão, considerados os maiores
públicos para videogames até então. Isso deixou o caminho livre para que
a Sega conquistasse agressivamente outros territórios, como a Europa e o
Brasil.
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| Propaganda do Master System em revista brasileira antiga (Foto: risoles.blogspot.com) |
Em território brasileiro, o Master System foi distribuído pela Tec Toy e
é imprescindível o papel da companhia no sucesso do aparelho. A empresa
fez de tudo para adaptar o videogame aos hábitos do público e com muito
esforço e algumas tacadas de sorte levou o console às alturas, sendo
lembrado até hoje como um dos melhores a tocar o solo nacional.
8 – Os diferentes modelos
Outra curiosidade sobre o Master System é que ele mudou muito a
aparência durante sua vida, especialmente no Brasil. O Sega Mark 3
original do Japão tinha um estilo mais semelhante ao Famicom da
Nintendo, uma tendência da época, enquanto o modelo norte-americano já
trazia um visual mais futurista.
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| Algo que não faltou na longa vida do Master System foram diferentes modelos (Foto: wikipedia.org / Reprodução: Rafael Monteiro) |
O modelo europeu do Master System 2 já era um pouco mais compacto, o
que viria ser a base para a criação do Master System 3 Compact no
Brasil. Como o console continuava vendendo entre o público brasileiro, a
Tec Toy convenceu a Sega do Japão a permitir que eles produzissem o
Master System 3 Super Compact, uma versão portátil que se conectava à TV
sem fios.
7 – Pistola Light Phaser
O Master System não criou a ideia de um videogame com pistola, feito
atribuído à Zapper do Nintendo 8 Bits, mas sem dúvida foi quem melhor
utilizou a ideia. Ela foi moldada a partir do desenho animado japonês
Zillion, o qual tem dois jogos para o console e que curiosamente não
utilizam a pistola.
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| A Pistola Light Phaser trouxe uma boa variedade de títulos para o Master System (Foto: wikipedia.org) |
Olhando de primeira a Pistola Light Phaser e o jogo Safari Hunt não
parecem mais do que meras cópias da Zapper e Duck Hunt da Nintendo.
Porém, a pistola da Sega acabou sendo muito bem explorada em jogos
lançados posteriormente, como Gangster Town, Rescue Mission e Rambo 3,
mostrando seu valor.
6 – Retrocompatibilidade
Até hoje muitos fãs da Sony e Nintendo discutem quem inaugurou o
fenômeno da retrocompatibilidade, se foi o PlayStation 2 que rodava
jogos do PSOne, ou o GameBoy Advance, que rodava jogos do primeiro
GameBoy. No entanto, muito antes de qualquer um deles, a Sega já
navegava por essas águas.
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| Power Base Converter permitia que o Mega Drive usasse jogos de Master System (Foto: retrocopy.com) |
O Sega Mark 3, a versão do Master System japonês, já era
retrocompatível com os cartuchos do SG-1000. Não bastasse isso, em 1989,
no mesmo ano de lançamento do primeiro GameBoy, era lançado o Mega
Adaptor no Japão, lançado nos EUA como Power Base Converter, que
permitia que o Mega Drive lesse jogos do Master System.
5 – Óculos 3D SegaScope
Outra inovação tecnológica do Master System foram os óculos 3D
SegaScope que de maneira inteligente utilizavam a própria forma de
funcionar das TVs da época. Como as televisões entrelaçavam as linhas
pares e ímpares alternadamente, eles só precisavam sincronizar os óculos
com esses intervalos para enviar imagens levemente diferentes para cada
olho, criando um efeito de profundidade 3D.
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| Os óculos 3D do Master System eram sonho de consumo de muitos jogadores (Foto: wikipedia.org) |
A Sega investiu com alguns de suas maiores franquias dos arcades, como
OutRun 3-D e Space Harrier 3-D, além de criar ainda Missile Defense 3-D,
que utilizava os óculos e a Pistola Light Phaser. A Nintendo lançou um
acessório semelhante, o Famicom 3D System, mas ele não fez muito sucesso
e nunca saiu do Japão.
4 – Primeiros jogos em português
Novamente em um esforço heróico da Tec Toy, o Master System foi o
primeiro console a apresentar jogos traduzidos diretamente para o
português do Brasil. O título que mais marcou época foi o início da
franquia de RPGs da Sega, Phantasy Star.
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| Phantasy Star em português permitiu que novos jogadores conhecessem o gênero RPG (Foto: trash80s.com.br / gagagames.com.br / qgmaster.blogspot.com / geracaogameamigos.blogspot.com) |
Crianças, que até então ficavam perdidas nos textos dos jogos, agora
podiam acompanhar uma história profunda em um gênero que ainda estava
nascendo nos videogames. Quando o jogo possuía muito texto e não havia
sido traduzido, caso de Alex Kidd in High Tech World, as caixas ainda
possuíam um aviso alertando os jogadores de que era necessário saber
inglês.
3- Troca de mascotes
Quando o Master System foi lançado, o mascote do console era Alex Kidd
com o jogo Alex Kidd in Miracle World, o qual até fazia um bom trabalho
de combater Super Mario Bros. no Nintendo 8 Bits, mas não foi suficiente
para levantar o videogame. Alex apareceu em outros títulos como Alex
Kidd Lost Stars e Alex Kidd in Shinobi World, consolidando sua fama.
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| Aos poucos Alex Kidd foi esquecido e Sonic se tornou o mascote da Sega (Foto: sega-addicts.murnaumusic.com) |
No entanto, com o lançamento do Mega Drive, a Sega lançou Alex Kidd in
the Enchanted Castle, o qual não emplacou e denotou uma clara
necessidade de um novo mascote, surgindo assim Sonic The Hedgehog.
Diferente dos dias de hoje onde as gerações são mais marcadas, Sonic era
lançado tanto para o Mega Drive quanto em versões simplificadas para o
Master System.
2 – Jogos exclusivos do Brasil
Como no Brasil o Master System continuava fazendo sucesso mesmo
enquanto o resto do mundo já estava pulando para a geração seguinte, com
o Mega Drive e Super Nintendo, a Tec Toy buscou cada vez mais produzir
títulos visando o público nacional, o que levou à criação de alguns
jogos exclusivos que só existiram para o território brasileiro.
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| Férias Frustradas do Pica-Pau foi um dos jogos exclusivos do Master System no Brasil (Foto: facebook.com) |
Alguns eram jogos convertidos do Game Gear diretamente para cartuchos
de Master System, como Sonic Chaos e Earthworm Jim, outros eram títulos
outrora abandonados que a Tec Toy resgatou, como Battletoads in
Battlemaniacs e Dynamite Headdy, e até mesmo jogos totalmente
desenvolvidos pela Tec Toy, como Férias Frustradas do Pica-Pau
1 – Jogos editados
Na época em que ainda jogávamos Master System, a indústria apenas
engatinhava, assim como a imprensa de jogos, então não havia tanta
informação assim a respeito dos títulos que eram lançados. Por isso, até
os dias de hoje, muitas pessoas ainda são pegas de surpresa quando
descobrem que alguns games do Master System eram na verdade versões
editadas de outros jogos, como Mônica no Castelo do Dragão e Chapolim x
Drácula: Um Duelo Assustador.
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| Mônica no Castelo do Dragão era na verdade Wonder Boy in Monster Land (Foto: mypst.com) |
Mônica no Castelo do Dragão era na verdade uma versão editada de Wonder
Boy in Monster Land, enquanto Turma da Mônica em O Resgate era
originalmente Wonder Boy 3: The Dragon’s Trap. Essas edições foram
feitas pela Tec Toy, que correu atrás de Mauricio de Sousa com a ideia,
buscando tornar os jogos mais atraentes para o mercado brasileiro.
A própria Sega apoiava a prática, adaptando jogos baseados em franquias
japonesas. Anmitsu Hime virou Alex Kidd in High Tech World e Hokuto no
Ken se tornou o jogo Black Belt.
Via: Techtudo











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