A reportagem de Kara Swisher, do AllThingsD,
disse que, de acordo com fontes anônimas próximas à situação, "O CEO da
Microsoft, Steve Ballmer, provavelmente revelará seus planos para
reestruturar a gigante de tecnologia a um grupo grande de executivos
sêniores no dia 1 de Julho.
Normalmente, Ballmer tem elaborado estes planos significativos com
consultoria limitada ao grupo de líderes da empresa. Mas nesse caso, em
vez disso, ele tem trabalhado apenas com um pequeno grupo de
subordinados diretos e também com alguns membros do conselho da
Microsoft."
Embora a reorganização da companhia
fosse inevitável, a ideia de que isso poderia acontecer nesta semana
suscitou todos os tipos de possibilidades e questões interessantes.
A principal delas: será que a visão de "dispositivos e serviços" de
Ballmer para o futuro da Microsoft não passa de publicidade, ou ele vai
apoiá-la com as mudanças organizacionais que vão fazer isso acontecer?
Como expliquei no início deste mês, a óbvia estrutura de
pós-reorganização refletiria os dois pilares de Ballmer. Na minha
opinião, isso provavelmente incluiria Satya Nadella como chefe de
"serviços" e Don Mattrick como chefe de "dispositivos".
Seja o que pode parecer no futuro, a Microsoft agora é muito mais do
que apenas dispositivos e serviços. É possível que Qi Lu - um dos poucos
que atualmente detém o título de "presidente" - irá se responsabilizar
por mais coisas do que apenas o Bing.
Também é possível que o outro presidente sem muito portfolio, como Tony Bates, do Skype, conquiste um império maior também.
Vamos aprender muito sobre a futura direção da Microsoft quando
finalmente tomarmos conhecimento de como as responsabilidades do Windows
(incluindo o Windows Phone) e a do Office serão divididas.
Embora a Microsoft esteja se esforçando para transformar a sua suíte
de produtividade em um "serviço", e há os dispositivos Surface com
Windows, parece altamente improvável para mim que Ballmer coloque esses
produtos importantes sobre o comando de Nadella. E isso leva a um dilema
de proporções fascinantes.
Até onde posso ver, há quatro pessoas qualificadas para liderar o esforço Windows/Office.
Kurt DelBene tem liderado o Office desde setembro de 2010, quando ele
assumiu o lugar de Stephen Elop. DelBene surgiu tem 20 anos de
experiência em execução do Office, Outlook, Exchange, e outros.
Julie Larson-Green tem comandado a divisão Windows desde que Steve
Sinofsky deixou o cargo, em novembro passado. Ela tem longa participação
no esforço do Office, juntamente com Sinofsky, por volta de 20 anos.
Tami Reller detém o título de chefe do departamento de marketing e e
do departamento financeiro do Windows. Ao contrário de Julie, Tami veio
da divisão Dynamics. Houve rumores persistentes de que ela estava na
corrida para o principal cargo financeiro da Microsoft, que foi
conquistado por Amy Hood (ex-CFO da divisão Office) no mês passado.
Se a reestruturação agrupar Windows, Windows Phone e Office (talvez
até a Dynamics), duas dessas três pessoas muito poderosas e experientes
não ficarão felizes quando escolherem o novo líder.
E, finalmente, não vamos esquecer de Elop. Claro, ele foi CEO da
Nokia, durante quase três anos, mas dirigiu a divisão de negócios da
Microsoft por quase três anos antes disso. Na época em que deixou a
Microsoft, Elop foi o oitavo maior acionista da empresa.
Imagine um futuro, onde a Microsoft compra a Nokia. Elop será
colocado de volta para executar uma nova divisão Windows/Windows
Phone/Negócios.
Nancy Gohring, da CITEworld, lista muitas razões por que a Microsoft
provavelmente não iria querer comprar a Nokia por completo (na semana
passada, o Wall Street Journal disse que as negociações entre a
Microsoft e a Nokia desaceleraram).
Mas Gohring também observa que a gigante de Redmond pode estar bem
aconselhada a comprar a fabricante finlandesa como uma manobra defensiva
para mantê-la longe do Windows Phone.
Ted Samson, da InfoWorld, trabalhou com as implicações da Huawei assumir a Nokia no mesmo cenário.
Poderia Ballmer estar esperando para fazer um grande anúncio sobre a
Microsoft entrar no negócio Surface-Nokia, como mais um prelúdio para a
reestruturação?
Uma coisa é certa: Ballmer não tem muitas reorganizações realizadas
por ele. Em algum momento, a Microsoft precisará de um sucessor para
Bill e Steve. Com Sinofsky fora da corrida - supondo que ele fica de
fora de fato - é hora de começar a preparar a próxima geração de
liderança da empresa. Elop não seria uma má escolha.
Via: IDG Now
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