A TIM, que não é exatamente famosa pela velocidade de acesso nos
planos 3G, está embarcando em um ramo bem diferente: o do acesso rápido
residencial via fibra óptica, concorrendo com o ADSL2 e cabo nos estados
do Rio e São Paulo, que tradicionalmente sofrem com a baixa qualidade
dos serviços oferecidos.
A aventura da TIM começou em 2011 com a compra da AES Atimus, que
controla uma grande parte da malha de fibra óptica no estado de São
Paulo, passando a expandir a malha e criar uma rede de infra-estrutura
que permitisse à empresa dar o passo final, levando o acesso via fibra
aos usuários finais, sob a marca "Live TIM".
O serviço está atualmente em fase de testes, com cerca de 2 mil
usuários participando de um projeto piloto em bairros de São Paulo e
Rio. O serviço estreará em setembro, mas os detalhes são ainda vagos.
Por enquanto, falam em cobrar R$ 109 pelo plano mais básico, que
oferecerá 25 megabits de download e 5 megabits de upload, com planos
mais rápidos progressivamente mais caros. A principal diferença em
relação ao ADSL é que você não precisará pagar também pela assinatura da
linha telefônica, o que torna o valore bastante competitivos para quem
não faz questão de manter o telefone fixo.
De início, a TIM oferecerá o serviço apenas no Rio e São Paulo, que
são as cidades mais densamente povoadas e com uma renda per capta maior
que na maioria dos outros estados, mas a tendência é que gradualmente
expandam o serviço para outras cidades.
Um dos desafios da TIM vai ser se desvenciliar da imagem ruim que a
empresa possui em relação ao acesso 3G, onde a empresa tem se focado no
mercado ultra-popular, oferecendo acesso a R$ 0.50 por dia, mas com uma
qualidade igualmente baixa. O acesso via fibra visa atender ao oposto do
mercado, oferecendo um serviço premium, destinado às classes mais
abastadas. Uma boa notícia é que as normas da Anatel em relação ao
acesso via fibra são muito mais estritas que as que regem o acesso via
ADSL, exigindo que as concessionárias entreguem pelo menos 60% da
velocidade anunciada, acabando com a farra dos 10%. Em outras palavras,
se a TIM não entregar a velocidade prometida, você pelo menos terá para
quem reclamar.
Em teoria, a expansão da malha de fibra pode ajudar a desafogar
também o acesso 3G, já que muitos do investimento em infra-estrutura
pode ser compartilhado, permitindo que a empresa melhore a rede de
sinalização, que tem sido o grande gargalo na rede 3G da empresa.
Resta-nos torcer.
Via: Hardware
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